Instituto Odoiyá

Em Janeiro de 2017, surge o Grupo Odoyá que posteriormente tornou-se Instituto Odoiyá O grupo Odoyá nasce das cruzas dessas vivências e experiências de pessoas que querem dialogar seu espaço de atuação no acolhimento com as mulheres vítimas de tentativa de feminicídio e assédio com ânsia de diminuir traumas, obsessões e dicotomia de catequeses dominantes. Ainda neste mesmo ano, é criada a cartilha Axé! Sim, nós temos patrimônio. Com o objetivo de: "Guardar falares dos mais velhos é basilar para que nós não nos percamos aos moldes ocidentais. Podemos e usamos tecnologias de guarda e transmissões de informações. Nossa cartilha foi pensada a partir de experiências cotidianas nos terreiros e com adeptos de axé." Acervo da Mãe Marli Seguindo o propósito da Cartilha, realiza-se a catalogação do Acervo da Mãe Marli a fim de resgatar e registrar nosso Patrimônio Afro-Brasileiro. História, tradição e oralidade na cultura Yorubá Roda de Conversa realizada pelo Laboratório de Estudos Pós-Coloniais e Decoloniais AYA do Centro de Ciências Humanas e da Educação - FAED na Universidade do Estado de Santa Catarina. Realizado em 14 de setembro de 2018. 2018 Abertura do Mês da Consciência Negra À convite da Prefeitura Municipal de Florianópolis, Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude e da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, Iyá Leke participou da abertura da programação do mês da consciência negra na Casa da Memória, em 19 de novembro de 2018. 2018 Oficina na Associação Brasileira de História das Religiões - ABHR Oficina Axé! Sim, nós temos patrimônio: conservação e preservação do patrimônio religioso afrobrasileiro, realizada em Florianópolis, 10 de dezembro de 2018 2019 Medalha e Diploma de Mérito Entrega recebida por Iyá Leke da Medalha e Diploma de Mérito, in memoria, para Mãe Beata de Iemanjá. 2019 Presente de Iyemonjá Atividades Culturais e entrega do presente de Iyemonjá em Florianópolis, SC. 2020 Samba de Alumiá Em janeiro de 2020, foi realizado o Samba de Alumiá 2020 Prêmio Reconhecimento Por Trajetória Cultural Elisabete Anderle A Adriana Mattos Rodrigues (Iyá Leke), fundadora do Grupo Odoyá e Yalorixá do Ilê Axé Omi Olodo Tolá, recebeu em dezembro de 2020, pela Fundação Catarinense de Cultura, o Prêmio de Reconhecimento Por Trajetória Cultural, dada a sua contribuição e importância para o desenvolvimento artístico e cultural catarinense. 2020 Vambora Alimentar foi criado devido a crise alimentar que se deu devido a pandemia de COVID-19. O Instituto mobilizou recursos para distribuir alimentos para população em vulnerabilidade social, e população Kaingang residente do Centro de Cultura indígena Goj Ty Sà, fornecendo refeições prontas e alimentos não perecíveis de modo recorrente, esta ação segue ocorrendo. 2021 Encante-se O grupo Odoya foi convidado pelo Fundo Global de Resiliência a participar do Festival de cuidado coletivo - Cuidarnos, Sostenermos, que aconteceu nos dias 29 e 30 de outubro de 2021, online e ao vivo para toda América Latina. No dia 29 de outubro fizemos um pequeno Xirê dos Orixás com a presença das crianças e jovens do Ilê, e uma roda de conversa falando sobre os processos de cura de traumas através da comunidade de axé. Esta foi uma amostra do Projeto Encante-se, com o qual o nosso grupo concorreu a editais de cultura, tendo sido contemplado pela lei Aldir Blanc na edição do ano de 2021. O Encante-se é voltado para mulheres vítimas de violência doméstica e se baseia em relatos de experiência para romper com silenciamentos, seja através do discurso, seja através da expressão pela dança e o canto, na feitura de uma comida de santo, no cozer de uma roupa para Orixá, e nas rezas como forma de cura e alívio de dores trazidas pelo cotidiano. São artes que purificam nosso corpo e reafirmam nosso pertencimento. Para a Aldir Blanc produzimos três lives temáticas no Instagram com a participação de mulheres de axé - O Corpo que dança, gira e canta de batucada: composição entre música, poesia e dança; o Corpo que cheira com óleos, unguentos e banhos essenciais e o corpo que veste cosendo sua saia: a costura como ação coletiva, o cheiro e os óleos como aspectos de autocuidado e retomada do amor pelo próprio corpo; o Corpo que cozinha com arte a feijoada, o acarajé e o vatapá - reflexão crítica sobre as construções de gênero dentro desse espaço e das potencialidades do preparo, da comida, para alimentar o corpo e como ato coletivo de encontro e feitura de alimentos.