Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial

Edifício com cerca de 300 anos de existência, o Paço Imperial foi cenário de acontecimentos que marcaram de forma definitiva o curso da História do Brasil. Conforme passavam por alterações na sua fachada e estrutura, suas paredes assistiam à chegada dos Vice-Reis e da Família Real, e testemunhavam episódios como o do Dia do Fico (1822) e o da Assinatura da Lei Áurea (1888). Considerado um dos mais importantes edifícios coloniais do país, o prédio foi posto sob tutela do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1938, quando ainda funcionava como sede dos Correios e Telégrafos. Após passar por um grande restauro entre 1982 e 1985, o Paço foi designado como centro cultural vinculado ao IPHAN e tem desempenhado papel significativo, especialmente no campo das artes plásticas, promovendo exposições, cursos e eventos. A linha de atuação adotada encontra metáfora concreta na restauração que mesclou elementos originais do prédio com outros mais recentes. Durante o circuito, o visitante poderá perceber o contraste entre o passado e o contemporâneo com a presença de obras de Celeida Tostes, Adriana Varejão, Ivens Machado e Iole de Freitas. Nas galerias do Centro Cultural do Patrimônio – Paço Imperial, podem conviver harmonicamente diversas linguagens, como a de Aleijadinho, Albert Eckhout, Henry Moore, Joseph Beuys, Ai Weiwei, Helio Oiticica, Oscar Niemeyer, Angelo Venosa e a do Samba da Mangueira. No andar térreo são oferecidos ao público visitante serviços de restaurante, bistrô e livraria, no mesmo espaço onde se encontram vestígios da Casa da Moeda – antiga fábrica instalada no período colonial para fundir o ouro proveniente de Minas Gerais. No primeiro pavimento, está instalada a Biblioteca Paulo Santos com acervo de 13.000 volumes especializados em arte e arquitetura luso-brasileiras. No mesmo andar, também se encontra uma exposição de longa duração sobre a História do Paço, com textos explicativos, recursos audiovisuais e maquetes ilustrando as transformações sofridas pelo edifício ao longo dos anos. As demais salas do prédio estão constantemente abertas para exposições, cursos e eventos artísticos. Para informações adicionais sobre a história do prédio tombado, a recepção do Paço disponibiliza ao visitante um audioguia, em um convite à imaginação que viaja pelo tempo.