Instituto Kaingáng – Inka

A Organização Indígena INSTITUTO KAINGÁNG - INKA, constituída em 19 de abril de 2002, é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, cujas finalidades institucionais almejam o resgate, proteção e conservação da cultura indígena Kaingáng, integrando sob todas as formas de manifestações, as Comunidades Indígenas Kaingáng. A criação do INKA parte da necessidade de ter uma organização indígena legalmente constituída, para implementar projetos em cultura, educação e direitos humanos. Constituída por indígenas Kaingáng, e inspirada na trajetória de luta da liderança Andila Kaingáng, reconhecida por sua atuação e luta no movimento indígena nacional em prol do fortalecimento da Educação Escolar Indígena, cuja influência tornou o Instituto Kaingáng, uma instituição de referência em cultura e educação junto aos Kaingáng. Assim, nasce o Ponto de Cultura “Centro Cultural Kanhgág Jãre” (Raiz Kaingáng), aprovado e conveniado em 2005 junto ao Ministério da Cultura o que possibilitou que o INKA implementasse a iniciativa na comunidade Kaingáng da Terra Indígena Serrinha (município de Ronda Alta/RS), na qual são promovidas ações de valorização da cultura e conhecimentos tradicionais, formação de capacidades tendo em vista a melhoria da qualidade de vida e geração de renda, bem como a disponibilização de espaço de visitação para socialização da cultura Kaingáng mediante a promoção de exposições, apresentações artístico culturais e comercialização de artesanato indígena. Somos o primeiro Ponto de Cultura situado em Terra Indígena no Brasil e único com 17 anos de atuação junto ao povo indígena Kaingáng, considerado um trabalho de referência em protagonismo indígena, na pesquisa, registro e divulgação do patrimônio cultural Kaingáng, iniciativa implementada com apoio dos nossos Kanhgág Kófa/velhos Kaingáng (bibliotecas vivas que fomos perdendo ao longo destes anos). Em 2020 o Ponto de Cultura comemorou 15 anos com trajetória de referência em atuação na valorização e divulgação da cultura Kaingáng, junto aos Kaingáng e sociedade não indígena, representando no Sul do Brasil, o único Ponto de Cultura sediado em território indígena com este tempo de atuação. Nestes 17 anos de atividades foram contempladas crianças, jovens, artesãos, mulheres, idosos (mestres de tradição oral e Kujás/Pajés) e lideranças indígenas, assim como alunos, acadêmicos e sociedade não indígena, graças à rede de parcerias firmadas nesta trajetória, como Lideranças e Escolas Indígenas, Secretaria e Coordenadorias de Educação RS, Universidades, Prefeituras Municipais, Governo do RS, Governo Federal, Rede RS Pontos de Cultura, FUNAI, Ministério Público Federal de Passo Fundo/RS, entre outras instituições.