Informações
Tipo de Entidade
Entidade Cultural
Natureza Jurídica
Cooperativa de trabalho
Público-alvo das ações promovidas
Ações presenciais diretas, promovidas pelo Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre em seu espaço físico, em diversas parcerias ou em projeto de oficinas, por exemplo, atende uma gama grande de públicos. Recentemente, em oficina de valorização da cultura Hip-Hop, com o artista residente DJ Piá, atendemos desde artistas da área com certa experiência até jovens em cumprimento de medida socioeducativa pela FASE. Em outras oficinas, de produção audiovisual, foram profissionais de unidades de saúde e rede de atenção psicossocial, pessoas em situação de vulnerabilidade de espaços periféricos, territórios indígenas, quilombos e outras comunidades tradicionais, agentes culturais periféricos e centrais, escolas, universidades, professores, pesquisadores, ambientalistas. Apesar da atual localização central, o Ponto não se restringe também a essas ações no centro da cidade, atuando junto de diversos parceiros na promoção e registro de ações culturais nas periferias e municípios do interior do estado, como já mencionado anteriormente. Já relacionado a alguns dos materiais publicados na rede, estes podem atingir públicos ainda mais diversos, cabendo citar o exemplo de um vídeo realizado pelo Coletivo que viralizou entre as mulheres do sudeste asiático, alcançando quase 300 mil pessoas. Justamente por conta deste efeito de rede, depois de Porto Alegre, as cidades com mais visualizações, segundo as estatísticas do canal de Youtube do Coletivo Catarse, são Jacarta, na Malásia, e Kuala Lumpur na Indonésia. Além de municípios asiáticos, as estatísticas também revelam um alcance em municípios do interior do Rio Grande do Sul - como Novo Hamburgo, Pelotas, Tapes, Canoas, Caxias do Sul, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, São Lourenço do Sul - e de outros estados do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis. A faixa etária revela 0,7% de espectadores entre 13 e 17 anos, 21,5% entre 18 e 24 anos, 39,6% entre 25 e 34 anos; 23,8 entre 35 e 44, 10,1% entre 45 e 54, 3,8% de 55 a 64 e 0,6 de 65 anos em diante. Em relação a gênero, o canal do Youtube tem 58,3 % do seu público masculino e 41,7% feminino. De tal forma, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre não considera que exista um padrão de público-alvo atendido por suas ações, podendo ser este o público consumidor, o público que atende às oficinas e eventos, mas, também, aqueles que solicitam e realizam juntos os registros de suas próprias atividades e comunidades.
Breve descrição do Acervo
O Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre tem uma larga gama de trabalhos realizados ao longo da sua trajetória. São materiais em sua grande maioria de natureza etnográfica e de registros que tiveram os seus ciclos encerrados em produtos audiovisuais acabados, mas que, pela natureza deste tipo de trabalho, acaba deixando arquivado uma grande quantidade de material sem que se tenha efetivamente utilizado. São entrevistas com diversas pessoas, de diferentes matizes, mestres, mestras e detentores de saberes populares, documentos históricos e registros de lutas urbanas, rurais, ambientais e de campos da cultura e da resistência de comunidades tradicionais, paisagens bucólicas de todas as regiões do estado e trivialidades, entre tantos outros temas, que servem para diversos quadros ilustrativos, históricos e de contextualização, de estética documental e artística, que poderiam estar à disposição para diferentes iniciativas a custo zero ou a valores muito abaixo do mercado - mencionando-se, ainda, que todo este compêndio, servindo ao simples acesso, tem também o seu valor de manutenção da memória, visto o que se diz comumente que “o que não é visto não é lembrado” ou que “filme engavetado não é filme” (segue em anexo a este projeto uma lista com links de parte deste histórico de trabalhos para ilustrar e dar uma noção do que são esses materiais; e no canal do youtube do Coletivo https://www.youtube.com/user/coletivocatarse/ também constam centenas de vídeos acabados que relatam bem todos esses eixos e dão a noção da quantidade de material que ainda se tem a disponibilizar neste molde proposto; além do site do Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre - https://pontodeculturaventrelivre.com.br). Aqui embaixo, uma pequena organização incipiente do conteúdo que estamos realizando - e que vai para o nosso meio virtual paulatinamente: Eixos de conteúdo e categorias Produção Audiovisual 1.1. Clipe 1.2. Documentário 1.3. Ficção 1.4. Registros 1.5. Lives Produção sonora 2.1. Produção musical 2.2. Podcasts Produção Cultural 3.1. Teatro 3.2. Show 3.3. Cinedebate 3.4. Eventos Atuação política 4.1. Atuações políticas 4.2. Formação Jornalismo 5.1. Reportagem 5.2. Coberturas Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre 6.1. Ventre Livre Temáticas que atravessam um ou mais eixos e categorias: Meio ambiente Povos originários Economia solidária Movimentos Sociais Manifestações culturais Reforma agrária Tambor de sopapo Carijo Comunidades tradicionais Mineração Memória Patrimônio cultural Saúde Pontos de cultura Trilha sonora Música Live Fotografia Dilúvio Resistência Kaingang Mulher Vídeo Reportagem Sessão Bodoqe Além do acervo digital, o Coletivo também zela pelo acervo físico deixado pelo artista plástico Paulo Montiel. Este patrimônio é composto por telas a óleo, desenhos e serigrafias retratando as culturas de tradição afrodescendentes presentes no Rio Grande do Sul e no Brasil, com ênfase no Batuque, Quimbanda, Umbanda e Candomblé. Entre outros trabalhos próprios e de parceiros, estão registros em DVDs, materiais impressos e outros formatos, que formam uma pequena biblioteca na sede do Ponto.
O Ponto já realizou o Inventário Participativo?
Não
O Ponto possui Acervo?
Sim
O Acervo já foi inventariado?
Não
O ponto possui acervos digitais?
Sim
Relação com a comunidade de referência
Como já explicado anteriormente, há uma gama diversa de “comunidades referência” que o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre lida. Também já exposto que o “núcleo responsável” é diverso e fluído, constituindo-se conforme se dão as relações pelos próprios cooperados - por exemplo, numa relação com a comunidade Kaingang não necessariamente estarão as mesmas pessoas que fazem a interlocução com os quilombolas de São José do Norte, podendo estes núcleos contarem pessoas externas ao coletivo, inclusive. Ou seja, cada eixo de atuação tem sua organização própria e gera suas demandas de uso da estrutura e envolvimento de mais cooperados ou outras pessoas/instituições à medida que as ações vão se desenrolando. Há uma centralidade nas trocas de informações, como grupos de mensagens, pastas de arquivos na internet, HDs físicos como armazenamento de conteúdo específico, mas a gestão é completamente compartilhada, com acesso interno e também permitindo-se o uso desses espaços sempre que possível pelos outros envolvidos (por exemplo, um cineasta indígena Guarani passou cerca de duas semanas usando a estrutura da sede, realizando pernoite, inclusive, para finalizar um trabalho, o qual não tinha condições com seus próprios equipamentos).
O ponto possui sede própria?
Não
Já foi contemplado em algum edital do IBRAM?
Não
Contemplado em outros editais públicos ou privados?
Sim
Contemplado em quais outros editais?
- 2008 Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre - com atividades ininterruptas financiadas ou não financiadas até o momento presente (Ministério da Cultura) - 2010 Prêmio Interações Estéticas - Projeto Famílias do Jardim (Ministério da Cultura) Projeto Tambor de Sopapo - Resgate Histórico da Cultura Negra do Extremo Sul do Brasil (Edital Patrimônio Cultural Imaterial - IPHAN) - 2011 Prêmio Pontinhos de Cultura - Projeto Fazendo Cena (Ministério da Cultura) - 2012 Participação no Projeto LabCultura Viva (UFRJ - Ministério da Cultura) Projeto Carijo: Herança do Conhecimento Ancestral na Fabricação da Erva-Mate (Edital Patrimônio Cultural Imaterial - IPHAN) Contemplado no Edital da terceira edição do Etnodoc - Projeto Batuque Gaúcho (Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edison Carneiro (Acamufec), em parceria com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP) e o Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/IPHAN)) Projeto “Araucária: de braços erguidos para o céu” contemplado no Edital SEDAC nº 9/2012 Edital de Concurso “Rio Grande do Sul – Pólo Audiovisual” Pró-cultura RS FAC, vinculado à Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC/RS). Filme Nega Lú contemplado no edital nº 41/2012 Edital de Concurso “Pró-cultura RS FAC das Artes”, vinculado à Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC/RS). - 2013 Projeto Nós da Rede contemplado no Edital SEDAC nº 07/2013 Edital de Concurso “Pró-cultura RS FAC Processos Culturais Colaborativos” vinculado à Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC/RS). - 2015 Projeto Roda Carijo contemplado no edital 03/2015 Edital de Concurso “Pró-cultura RS FAC #juntospelacultura” vinculado à Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC/RS). - 2016 Projeto Uma Tainha no Dilúvio - contendo filme/websérie ficcional e site - apoiado pelo fundo Socioambiental CASA em edital na linha de ação (tema): Água e questões socioambientais do meio urbano. Websérie “o Ser Juçara” apoiada no edital Fortalecendo Comunidades na busca pela Sustentabilidade, uma parceria entre o Fundo Socioambiental CASA e o Fundo Socioambiental CAIXA. - 2018 Projeto em parceria com o músico e bonequeiro Mestre Bira (Ubirajara Toledo) contemplado no Edital de Seleção Pública n.º 1, de 26 de abril de 2018, Culturas Populares - Edição Selma do Coco vinculado ao Ministério da Cultura. - 2020 Edital 09/2020 SEDAC projeto Coletivo Catarse / Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre para reviver um melhor compartilhamento de estrutura - 2022 Série de Oficinas Piá no Ventre contemplada no Edital 08/2022 Cultura Viva no Hip Hop - Residências artísticas em Pontos de Cultura, financiado pela Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC/RS). Parceria do DJ Piá com o Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre. Contemplado na Chamada Pública para Projetos da Sociedade Civil de Comunicação Popular e Comunitária em Saúde - Projeto Informar é Vacinar! Uma história de Fake News contra Vacinas e o Sistema Público de Saúde (Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz) - 2023 Contemplado como organização parceira da Comunidade Quilombola Vila Nova na Chamada de Projetos Fortalecendo Comunidades na Busca por Direitos Socioambientais: Justiça Climática e de Gênero. Fundo Casa Socioambiental
Os integrantes participaram de ação do IBRAM?
Não
Participaram de capacitação de outra instituição?
Não
O ponto promove atividades regulares?
Sim
Quais atividades?
As nossas atividades são intermitentes conforme demanda, mas não têm uma regularidade temporal, a não ser a Sessão Bodoqe, que é mensal - e está descrita logo abaixo.
A entidade promove ações de Capacitação?
Sim
Quais ações de Capacitação?
O Ponto realiza atividades de formação regularmente, sobretudo no campo do audiovisual, além de prestar assessoria para a formalização de coletivos e organizações. Ao longo de 2022 e 2023, o ponto vem participando do Projeto Coral Território Audiovisual, no qual facilitou uma formação virtual com produtores audiovisuais de toda a América Latina para a rede local de pontos de cultura e coletivos de comunicação popular e vem oferecendo capacitações presenciais para qualificar o trabalho dos oficinandos. As atividades costumam beneficiar outros Pontos de Cultura e trabalhadores da cultura que acessam as redes do coletivo. Por meio das ações de formação, o ponto vem capacitando trabalhadores da cultura dos mais variados segmentos e origens. Para além dos ciclos estruturados e estabelecidos formalmente, o Ventre Livre também auxilia grupos e trabalhadores que buscam o ponto com dúvidas acerca de equipamentos, softwares de edição, entre outros.
O ponto promove eventos abertos ao público?
Sim
Quais eventos?
Para além das atividades de lançamento de trabalhos e projetos, das atividades de projeto de conveniamento do Ponto de Cultura e outros, o Coletivo Catarse/Ponto de Cultura e Saúde Ventre livre promove regularmente a Sessão Bodoqe (há mais de uma década, com algumas paradas, a pandemia, mas que retornou em 2022). Um evento de exposição e debate dos mais variados temas, foco dos trabalhos realizados pelo Coletivo e parceiros. O evento é aberto para a comunidade e gratuito, oferece atividades culturais como música ao vivo, cinedebate, teatro de bonecos, entre outros.
O ponto faz parte de alguma Rede?
Sim
Qual Rede?
Rede RS de Pontos de Cultura Rede POA de Pontos de Cultura Rede Coral (Coletivos Reunidos da América Latina) Teia dos Povos Comitê de Combate à Megamineração ApisBio Rede Juçara Cidade que Queremos
O ponto possui parcerias com poder público?
Sim
Quais parcerias com poder público?
O ponto possui uma parceria com o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, já tendo realizado alguns trabalhos com a instituição, como o documentário “Hipólito Segue sua Viagem”, o Podcast MusecomVersa” e encontros de formação de comunicadores populares durante a “Caravana Vídeo e Luta”, realizada junto da ONG Witness Brasil. Mais recentemente, em fase de pré-produção, de projeto através de emenda impositiva, com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Município de Porto Alegre, para realização de projeto de registro e documentário da comunidade Porto Novo - uma área de remanejo populacional urbano, para trabalhar a história de seus moradores e a autoestima para uma nova vida em um novo local.
O ponto possui parcerias com instituições privadas?
Sim
Quais parcerias com instituições privadas?
Regularmente, o coletivo realiza parceria com instituições privadas alinhadas com seus princípios. Cabe destacar a parceria com a Witness, ONG estadunidense que defende o direito de filmar. A parceria com a Witness iniciou em 2014, quando a organização esteve em Porto Alegre fortalecendo o registro das violações de direitos humanos relacionados à Copa do Mundo que estavam sendo realizados por grupos como o Coletivo Catarse. Em 2019, a ONG convidou o coletivo para participar do Encontro R2R, realizado em Niterói/RJ, no qual foram realizadas formações sobre arquivismo e preservação digital, vídeo como evidência jurídica, entre outras. No ano de 2020, o Coletivo Catarse recebeu a organização para o primeiro e único (já que a eclosão da pandemia de Covid 19 cancelou as demais etapas do evento pelo Brasil) encontro da Caravana Vídeo e Luta, que ofereceu encontros formativos gratuitos realizados nos espaços do Musecom. Em 2021, a Catarse participou do grupo que criou coletivamente a metodologia e a identidade da Rede Coral (Coletivos Reunidos da América Latina) que ministrou formações híbridas sobre comunicação e defesa de territórios para grupos de toda a América Latina. Neste ano de 2023, a Catarse está iniciando junto com a Witness um projeto para iniciar a salvaguarda do acervo audiovisual de quase 20 anos de atuação no audiovisual.
O Ponto tem participação ativa em conselhos?
Sim
Quais conselhos?
Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre Associação dos Amigos do Musecom Rede RS de Pontos de Cultura Rede POA de Pontos de Cultura
Localização
Estado
Endereço da Sede
Rua Cel. Fernando Machado, 464, Centro Histórico, Porto Alegre-RS