Museu Forte Defensor Perpétuo de Paraty

O Forte Defensor Perpétuo é um dos mais antigos lugares de memória do município de Paraty. Atualmente abriga uma instituição museológica que visa a difusão, a pesquisa e o diálogo sobre a história e a memória da cidade e da região. Sua elevação à beira-mar guarda os segredos dos nossos primeiros habitantes no potencial sítio arqueológico do sambaqui da praia – um pequeno monte de conchas, ossos de animais e pedras, resultado da ação humana de milênios atrás. Foi aqui, no chamado Morro da Vila Velha, que a primeira ocupação portuguesa de Paraty se assentou, sob uma capela de São Roque, ainda no século XVII. Em 1822, em meio às tensões que culminaram com a Independência do Brasil, foi construído o atual edifício principal da fortificação, batizada como Forte Defensor Perpétuo em homenagem ao Imperador Dom Pedro I. Apesar de eventualmente guarnecido de soldados e munição nas décadas seguintes, o Forte acabou sendo desarmado em 1856 – momento que marca o início de um longo período de relativo isolamento e decadência econômica para a cidade. Um século depois, o Forte foi tombado e restaurado pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual Iphan), tornando-se oficialmente um patrimônio cultural de Paraty e do Brasil; e um centro de memória ligado às nossas culturas tradicionais e à nossa história. Em 2009, passou à administração do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), assim como o Museu de Arte Sacra de Paraty e todos os demais museus brasileiros da esfera federal. O Museu Forte Defensor Perpétuo de Paraty recebeu em 2018 mais de 17 mil visitantes brasileiros e estrangeiros, além de escolas e membros da comunidade.