Museu da Beira (Coletivo Conexão Arari de Arte e Cultura)

A ânsia por um espaço de cultura e memória é requerida por professores, educadores e artistas de várias regiões da Amazônia. Na Ilha de Marajó, por termos uma ampla quantidade de artistas, mestres e docentes desamparados, a criação de um Museu (eco museu e museu escola) se traduz como uma reparação histórica e como um norte para a educação sensível neste novo século. O Ponto de Memória é recente, porém, ele já apresenta frutos a exemplo do Museu do Arari (em processo), na vila de Jenipapo, e da articulação que vem sendo realizada com professores de Salvaterra e Soure para que lá também sejam instalados espaços de memória em quilombos e em comunidades tradicionais, como o de Joanes que um dia já possuiu uma exposição permanente de arqueologia em uma escola e que hoje está destruída. Portanto, o Museu da Beira é o exemplo daquilo que é possível fazer com parcos recursos e apoios institucionais em regiões de difícil acesso e circulação. Assim, o espaço criado pode receber visitantes de outras localidades, mas ele tem como principal foco a atuação para que o marajoara se reconheça no lugar e possa fazer deste um ambiente de pertencimento e participação.