Informações
Tipo de Entidade
Coletivo Cultural
Data de Criação
16/09/1951
E-mail da sede
marujospataxo@gmail.com
Nome do responsável pelo coletivo
Mônica Azevedo Bello
Cargo do responsável
Diretora geral
Público-alvo das ações promovidas
Crianças, adolescentes, adultos, terceira idade, homens, mulheres, indígenas da Aldeia Mãe e de outras Aldeias, historiadores, estudantes, amantes da cultura indígena, turistas e pessoas de todo o Brasil que amam o samba e a cultura indígena.
Redes sociais
Breve descrição do Acervo
Enviei em anexo diversas fotos e arquivos que comprovam as nossas atividades em diversas áreas da museologia, ações de salvaguarda, ações culturais, apresentações, cartas de anuência e outras
O Ponto já realizou o Inventário Participativo?
Não
O Ponto possui Acervo?
Sim
Acervo
Documentos | Documentos escritos | Documentos Imagéticos (Fotografias, mapas, etc..) | Objetos
O Acervo já foi inventariado?
Não
O ponto possui acervos digitais?
Sim
Relação com a comunidade de referência
Nossa comunidade é a Aldeia Barra Velha, que também é conhecida como Aldeia mãe Barra Velha por ter dado origem à todas as outras Aldeias Pataxó após o massacre conhecido como "Fogo de 51". Essa é a Aldeia Mãe do Brasil, pois é o território que abriga o Monte Pascoal e o Parque Nacional do Monte Pascoal. Além disso está muito perto de onde aconteceu o primeiro desembarque em 1500, foi o primeiro aldeamento do Brasil e consta com 523 anos de resistência. Enfrentou episódios como o trágico massacre ocorrido em 1951, que ocasionou em uma diáspora do povo Pataxó por diversos pontos do país, que ainda enxergam a Aldeia Mãe Barra Velha como parte de suas raízes. O grupo Musical Marujos Pataxó surgiu após o massacre de 1951, quando os Pataxó começaram a retornar para sua Aldeia e muito antes disso, o samba indígena já era um instrumento de luta e resistência aonde os antigos celebravam a fé, a união, a resistência e encontravam forças para seguirem vivos. O grupo já passou por várias formações através das gerações e até hoje é um retrato da resiliência e da força da cultura do povo Pataxó que segue firme apesar de massacres, dores e de mais de quinhentos anos de invasões sofridas. O preconceito é uma forma constante e invisível de repressão, experimentada por muitos, mas debatida por poucos. A repressão ativa e violenta em Barra Velha inclui a queima de casas, invasão de terras e até assassinato de indígenas. Permanecer nas terras e manifestar o samba indigena de raiz, apesar de décadas de repressão cultural, é um ato de resistência em nome das gerações passadas e futuras. Por isso, o resgate cultural que ocorre por meio da valorização da identidade indígena é tão importante. O coletivo tem como objetivo mostrar a força do samba indígena e promover o grupo musical empoderando os Marujos Pataxó e melhorando a qualidade de vida da população local através da arte. Iremos divulgar, fortalecer, desenvolver, promover e valorizar o samba Pataxó. Nas aldeias Pataxó o samba é um forte ritual sagrado que é passado de geração em geração desde a época do descobrimento até os dias atuais. É onde os índios manifestam a sua fé e cultura com muita originalidade cantando músicas que retratam a natureza e a vida no campo. Com uma população de aproximadamente 400 famílias indígenas; a Terra Indígena Barra Velha está situada no sul da Bahia, com parte de seu território no Parque do Monte Pascoal e na RESEX do Corumbau. Iremos registrar a luta atual e ancestral para não deixar morrer a cultura e o samba do povo Pataxó. Marcada pelo massacre “O fogo de 51 “ a aldeia foi incendiada, índios mortos, torturados e mulheres violentadas . Foi com muito samba, fé e resistência que a Aldeia foi reconstruída. Há dois anos houve outro incêndio criminoso no centro cultural. Sua reconstrução e o samba nesse processo representa a luta e resistência dos ancestrais. Essa é a força do Samba! Somos os anfitriões desta terra. Somos o povo que recebeu de coração aberto os Portugueses há 521 anos atrás. Por estarmos na zona rural mais afastada da sede do município, onde há 30 anos atrás não havia estrada e nem energia permanecendo por muito tempo relativamente isolados e por este motivo guardamos tesouros culturais muito preciosos como é o caso do samba indígena de raiz. Estamos incentivando os jovens à manter viva uma cultura ancestral. Incluir eles no mercado de trabalho através da arte e gerar renda para nossa comunidade de forma ecológica, sustentável e cultural levando música, história e conhecimento para todos os cantos do planeta. Tornar a nossa comunidade parte da rota turística do nosso município. Fazendo do Samba Indígena um Patrimônio histórico Brasileiro e ter a nossa sagrada cultura reconhecida e valorizada. Estamos localizados em uma cidade histórica e tivemos um papel muito importante nesta história. Somos os anfitriões desse lugar chamado Brasil. Fomos massacrados, mortos, torturados e muitas mulheres foram violentadas. Tentaram nos calar, nos escravizar, nos expulsar de nosso território, em Brasília um dos nossos o índio Galdino morreu queimado lutando pelo nosso direito à vida. Quando chegaram ao Brasil em 1500. Nós vivíamos relativamente isolados até o século 19, quando foram aldeados no entorno do Monte Pascoal, marco histórico da chegada dos portugueses nas Américas. Em 1951 ocorreu o massacre conhecido como “Fogo de 51”, um atentado no qual a aldeia foi incendiada, indígenas foram mortos e torturados. Em 2019, o centro cultural da aldeia, no qual eram realizados os rituais sagrados, sofreu um incêndio criminoso. Agora a comunidade se organiza para a reconstrução de um novo espaço comunitário. No documentário que estamos filmando buscamos retratar a força do samba indígena através da história Pataxó e dos episódios dramáticos do passado a partir de várias fontes como depoimentos de Pataxós, registros oficiais e documentos de arquivos, além de retratar os processos de resistência cultural como ( o descobrimento, o fogo de 1951, o atentado de 2019) A história do samba indígena, a reconstrução da Aldeia após o massacre, a construção do novo centro cultural – museu e espaço para os rituais sagrados e como o samba têm sido um importante aliado nestes processos. Para as lideranças Pataxó, essas ações representam a luta de seu povo para valorizar a cultura dos antepassados e a transmissão de saberes para as novas gerações. Mas mesmo diante de todos esses desafios nunca deixamos morrer o nosso samba raiz e a nossa cultura. O samba certamente também teve um grande papel nesta história; pois sempre foi um instrumento de resistência e ao longo de todos esses anos foi através dele que nos unimos e encontramos forças para lutar. E é isso que queremos mostrar. A FORÇA DO SAMBA INDÍGENA!
O ponto possui sede própria?
Sim
O espaço da sede é aberto ao público?
Sim
Já foi contemplado em algum edital do IBRAM?
Não
Contemplado em outros editais públicos ou privados?
Sim
Contemplado em quais outros editais?
Lei Aldir Blanc - Edital Emília biancard - Projeto Marujos Pataxó - Raiz Indígena do Samba Brasileiro Edital NATURA MUSICAL - Via Faz cultura - Proposta 6866/22 - Projeto Marujos Pataxó - Sambadores e sambadeiras da Aldeia Mãe - Força indígena do Samba Brasileiro
Os integrantes participaram de ação do IBRAM?
Não
Participaram de capacitação de outra instituição?
Não
O ponto promove atividades regulares?
Sim
Quais atividades?
Feira Cultural - Festa de Nossa senhora da Conceição - Festa de Santo Reis - Festa de São Sebastião - Festa de São Braz - Festa de São João - Oficina de música e samba indigena com as crianças da comunidade - Festas de aniversário e outros eventos
A entidade promove ações de Capacitação?
Sim
Quais ações de Capacitação?
Através das oficinas semanais de música e samba Indígena, estamos ensinando as crianças da Aldeia Mãe essas canções, bem como ensinando elas à tocar instrumentos que são utilizados no samba Indígena há mais de cem anos.
O ponto promove eventos abertos ao público?
Sim
Quais eventos?
Feira Cultural - Festa de Nossa senhora da Conceição - Festa de Santo Reis - Festa de São Sebastião - Festa de São Braz - Festa de São João - Oficina de música e samba indigena com as crianças da comunidade - Festas de aniversário e outros eventos
O ponto faz parte de alguma Rede?
Sim
Qual Rede?
APOINME, REDE DE MULHERES DA RESEX
O ponto possui parcerias com poder público?
Sim
Quais parcerias com poder público?
Fizemos parceria através da Lei Aldir Blanc , e atualmente estamos executando um projeto via FAZ CULTURA
O ponto possui parcerias com instituições privadas?
Sim
Quais parcerias com instituições privadas?
Somos patrocinados pela empresa Natura cosméticos
O Ponto tem participação ativa em conselhos?
Não