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O Museu da Pessoa, um museu virtual e colaborativo de histórias de vida, já nasceu com a premissa de que toda e qualquer pessoa pode tornar-se, além de visitante, parte de seu acervo por meio de sua narrativa de vida, assim como de suas fotos e documentos. Seu acervo conta com cerca de 20 mil histórias de vida das mais variadas origens e cerca de 60 mil imagens. Ao longo dos últimos 30 anos, o Museu da Pessoa realizou cerca de 281 projetos de memórias nas áreas de educação, comunicação e desenvolvimento comunitário. Desde sua fundação contribuiu para disseminar sua metodologia para mais de 1.300 escolas públicas em mais de 69 municípios brasileiros e formou direta e indiretamente cerca de 600 organizações da sociedade civil. Acreditando no poder que esta metodologia possui para impactar a relação entre pessoas assim como quando utilizada como ferramenta na educação e/ou para o uso de desenvolvimento territorial foi o que levou o Museu da Pessoa a sistematizar suas práticas para transformá-las no que se definiu uma “tecnologia social de memória”. Em 2009 é sistematizada a “Tecnologia Social da Memória - TSM”, reconhecida pela Fundação Banco do Brasil. A mesma foi criada para que grupos, comunidades e organizações possam desenvolver suas próprias memórias, baseadas em histórias de vida, valorizando assim as experiências de todas as pessoas. Esta tecnologia está hoje sistematizada em inúmeras publicações nacionais e internacionais e vem sendo aplicada é multiplicada por professores, lideranças comunitárias e profissionais da memória dentro e fora do país, além de estar presente na plataforma EAD do Museu da Pessoa: www.eadmuseudapessoa.org Nos últimos quatro anos, o Museu da Pessoa, com apoio do BNDES e por meio da Lei de Incentivo à Cultura Federal, se propôs a reestruturar a organização em três eixos: acervo, acesso e uso e desenvolvimento institucional. Neste período foi possível realizar diversos estudos, testes e evoluções. Entre elas está o desenvolvimento de um programa de Núcleos de Memórias, baseado na Tecnologia Social da Memória. O Programa de núcleos do Museu da Pessoa revista toda a experiência do Museu da Pessoa em transferência metodológica desde o início dos anos 2000, quando inicia suas práticas educativas, levando para escolas públicas, grupos comunitários, coletivos e organizações, as mesmas ações e ferramentas de memória que utiliza desde sua criação com uso da Tecnologia Social da Memória. A proposta dos núcleos congrega outro precedente histórico no Museu da Pessoa, que é o trabalho em rede. Desde sua criação, o museu vem atuando como articulador de iniciativas em todo país e, em meados dos anos 2000, deu início ao movimento “Brasil Memória em Rede”, que envolveu cerca de 100 organizações em todo o Brasil na articulação de suas ações em torno da memória. Além disso, criou o movimento “Um Milhão de História de Vida de Jovens” e se tornou um “Pontão de Cultura de Memória”. Também expandiu sua atuação para outros países, criando a “Rede Internacional de Museus da Pessoa”, à época em Portugal, EUA e Canadá. Em 2020, o Museu da Pessoa, com o apoio do BNDES e a consultoria da JP Morgan, estabeleceu um novo modelo de colaboração em escala, constituindo a Rede de Núcleos Museu da Pessoa e compartilhando sua metodologia entre diversos tipos de organizações, em seus territórios e também dentro de suas temáticas. Atualmente temos 76 núcleos formados, distribuídos por 12 estados em 30 municípios.