Coletivo Atelier Itinerante de Serigrafia Terras Indígenas do Paraná

Relação com a comunidade de referência

As ações da parceria entre o projeto Viagem da Gravura ao Graffiti, com os Grupos de Arte formados na Comunidade Indígena e as lideranças daquela no Território Sagrado Indígena da Floresta Metropolitana de Piraquara - PR, visualizam e classificam o processo de criação e interação entre as partes de grande valia para a juventude e os adultos que se motivaram e produziram um material com valores culturais, afetivos, artísticos e econômicos. As validações destas oportunidades em que a parceria esteve efetiva nos eventos alinhados com a Prefeitura de Piraquara - PR, como a inserção das Gravuras em Serigrafia sobre Papel, e Camiseta serigrafada na Exposição; “HOKRHÃ um encontro entre cultura e ancestralidade” organizada e montada na Casa Da Memória de Piraquara - PR, e o encontro no II Fórum Municipal de Diálogo Indígena, no Teatro Heloísa Ribeiro de Souza, no Parque das Águas no Centro de Piraquara, entre outras feiras, cursos e eventos que a comunidade e seus representantes participaram, expondo suas camisetas impressas e também seu acervo de matrizes e estampas inéditas dentro do ambiente acadêmico das universidades públicas do Paraná, e devido a repercussão positiva dos resultados obtidos na parceria, o projeto recebeu o convite das lideranças do Território Sagrado Indígena da Floresta Metropolitana de Piraquara na continuidade das ações, ampliando capacitações técnicas e artísticas em outras localidades e comunidades indígenas no Estado do Paraná. Decidimos organizar e unir os acervos de gravuras e livros, e produzir estantes, prateleiras, mesas, cadeiras e bancos gravados e pirografados com o grafismo dos povos indígenas, com objetivo de criar o atelier e a biblioteca na sede do Território Sagrado Indígena da Floresta Metropolitana de Piraquara - PR. Esse processo da produção de objetos esteticamente bonitos, além de utilitários na vida prática em movimento, também congrega o espiritual, o sagrado. O grafismo indígena das serigrafias e xilogravuras produzidas nas oficinas são narrativas pintadas, uma linguagem dos antepassados, com significados e pontos de vista, sobre a natureza, a paisagem, os caminhos e a poesia com as forças do universo. Em minhas visitas experienciadas e autenticamente vividas, em ações unidas com os participantes das oficinas, mensuramos aspectos como o inventário das expressões que falamos em grego e latim como o nome das técnicas e como são estas expressões gráficas em línguas indígenas, conectando o patrimônio material e o imaterial através destes objetos híbridos, que são gráficos, utilitários e poéticos. Estes momentos animados pela conversa com mensagem de esperança e otimista em perspectivar a realidade em relações que comovem os participantes nos encontros, além de aumentar a confiança na produção do trabalho, criou um ambiente terapêutico através da Arte e Cultura por meio do Sagrado. Tendo ainda o enriquecimento dos debates sobre especialidades e observações dos animais e plantas Território Sagrado Indígena da Floresta Metropolitana de Piraquara, trocamos muitas confidências e percepções sobre o uso da água, e em especial na não contaminação com tintas e materiais adequados em uma 'Gravura não Tóxica' no que consiste a sustentabilidade ambiental, e através da venda e comércio das camisetas e gravuras serigrafadas, alcançamos com sucesso a economia criativa. O que nos enche de felicidade e nos qualifica para as próximas incursões como proponentes em editais públicos e também da inciativa privada, e fortalecimento das participações em conselhos e atuações municipais, estaduais e federais, além do apoio e incentivo na participação de feiras e festas onde a celebração da Arte e Cultura Indígena seja realidade.