Informações
Tipo de Entidade
Entidade Cultural
Natureza Jurídica
Organização não governamental
Público-alvo das ações promovidas
Moradores e visitantes da cidade do Rio de Janeiro, com idade ampla de 10 à 60 anos, de classes A – C, somado a públicos especializados como historiadores e pesquisadores da região, além de estudantes de escolas públicas e privadas de ensino fundamental e básico, e estudantes de universidades públicas e privadas.
Redes sociais
Breve descrição do Acervo
O acervo atual é composto por 150 imagens, em 35mm P & B, sobre o Jardim Suspenso do Valongo e a Casa da Guarda e comunidade do entorno no Morro do Valongo, realizado durante os anos de 2008 a 2016, e que aborda a transformação promovida pelo projeto Porto Maravilha. Possui também uma fotografia premiada pelo IPHAN, em 2011, além de imagens que compõem o acervo do Dossiê do Cais do Valongo, na UNESCO, sobre a zona de amortecimento do bem tombado.
O Ponto já realizou o Inventário Participativo?
Não
O Ponto possui Acervo?
Sim
Acervo
O Acervo já foi inventariado?
Não
O ponto possui acervos digitais?
Sim
Relação com a comunidade de referência
Como morador, minha história está intrinsecamente entrelaçada com a minha vida nos bairros que envolvem a região do Valongo, no território da Pequena África, desde 1990, vindo de Caxias, para morar no Morro da Providência, quando eu tinha 3 anos de idade. Fiz minha alfabetização na Escola Municipal Benjamin Constant, no bairro do Santo Cristo e meu ginásio, realizado no Centro Educacional Pró Infância – CEPI, localizado na Pedra do Sal, no bairro da Saúde. Lá entrei em contato com a história da minha comunidade. Foi através das minhas vivências no Largo da Pedra do João da Baiana (Pedra do Sal que me interessei pela história), aos 17 anos, em 2006, iniciei minha carreira na cultura ao desenvolver peças com reflexões sobre as questões negras ligadas à história local. Conheci o Cemitério dos Pretos Novos e o Centro Cultural José Bonifácio, onde eram meus espaços de socialização com a cultura e de conhecimento. Posteriormente, fui convidado para realizar através do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos – IPN, a criar peças para os dias 13 de Maio e 20 de Novembro, especificamente, para serem encenadas na Av Presidente Vargas e no próprio IPN. Ainda nos primeiros passos na carreira, bastante participativo nas oficinas promovidas pelo espaço, como também voluntário, o IPN ainda era um espaço incipiente, me desenvolvi enquanto profissional da área da cultura. A partir disso, criei outras relações com outros espaços no território, a Casa Amarela da Providência como também o bloco Coração das Meninas, com outros projetos realizados e atividades de cunho cultural. Porém, foi em 2013, que tive o meu primeiro projeto profissional no território. Em uma parceria inédita com o IPN, desenvolvi o projeto de roteiro teatralizado: “ Histórias afro brasileiras, cenas itinerantes”, a qual ficou em cartaz durante o período de 4 anos, de 2012 à 2016, onde foi montado um grupo de artistas, a partir de moradores locais, agentes na Pequena África, para encenarem no então no novo Circuito Histórico de Celebração a Herança Africana. A peça itinerante iniciava-se na Pedra do Sal, seguia roteiro pelo Morro da Conceição, Jardim Suspenso, Cais do Valongo, Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos. A peça era acompanhada pelos professores Claudio Honorato, historiador e pesquisador, e pela, também historiadora, Carla Marques, ambos diretores do Instituto Pretos Novos – IPN. Durante nossa atuação, tivemos também a possibilidade de compor registros fotográficos que fazem parte do Dossiê de Candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio da Humanidade na UNESCO. Neste período, em 2014, também estive como diretor cultural da Vizinha Faladeira, e formei na escola o seu primeiro Departamento Cultural. Com esta criação, ações para promoção das memórias coletivas da comunidade através da produção de documentários, como o “Velha Guarda Musical”, que fez exibição de enredos antológicos sobre a comunidade. Como também, levantamentos históricos e de registros fotográficos sobre a comunidade, além das Rodas de Conversas promovida pela instituição. No ano de 2017, fui convidado pela ARTEFATO ARQUEOLOGIA, para criar uma peça infantil a partir das escavações da Av. Marechal Floriano, durante as obras de construção da via do VLT. A peça com o nome de "Pé de Moleque - nos trilhos da Arqueologia", que circulou por 5 unidades escolares da Pequena África, realizando educação patrimonial de forma lúdica através de diversão e entretenimento. No mesmo ano, criei o Libertador, sendo encenada no Muncab, MAR e Jardim Suspenso do Valongo. Em 2021, a convite do Bafo da Prainha, criei o esquente “ Nosso Malandro” sendo encenada no Sopé do Morro da Conceição. E no mesmo ano, em parceria com a CCPar e CPIR ocupei a antiga Casa da Guarda no Jardim Suspenso do Valongo. Cabe aqui ressaltar, que meus projetos sempre estão ligados à região, assim como meu lugar enquanto morador, a partir da perspectiva do olhar de que é de dentro do território. Na minha atuação para preservação dos locais tombados da região, e na manutenção da memória coletiva da comunidade, iniciei o processo de ocupação da Casa da Guarda do Jardim Suspenso do Valongo. Em 2019, o espaço da Casa da Guarda estava abandonado pelo poder público, e precisava de um grande cuidado. A casa havia sido invadida por pessoas em situação de rua, e o jardim depredado. No início, o diálogo com os entes públicos responsáveis pela remoção de forma ordeira e sem danos diretos aos envolvidos, assim como a limpeza do local. A primeira fase durou 5 meses, até iniciarmos a primeira oficina no espaço. Em 2022 conseguimos de uma forma coletiva erguer a exposição “O Jardim Secreto do Valongo”, a partir do trabalho do fotógrafo e pesquisador João Maurício Bragança, que atua na região desde 2007, e que compôs a equipe técnica de elaboração do Dossiê do Cais do Valongo, a possibilidade de devolver o espaço para a população da cidade, expondo as transformações pelo qual o local passou. E assim, o público tem visitado e frequentado o nosso espaço semanalmente. Também conseguimos realizar o projeto “Guardiões do Jardim”, promovendo cursos de capacitação, educação patrimonial, sustentabilidade e jardinagem, para fomentar novos agentes culturais locais. Hoje, conseguimos o nosso primeiro edital público de cultura após todo esforço para recuperar, conservar e proteger o local, o instituto criado a partir desta atuação para gerir o espaço “Casarão Cultural João de Alabá”, faz parte do Comitê Gestor do Cais do Valongo.
O ponto possui sede própria?
Sim
O espaço da sede é aberto ao público?
Sim
Já foi contemplado em algum edital do IBRAM?
Não
Contemplado em outros editais públicos ou privados?
Não
Os integrantes participaram de ação do IBRAM?
Não
Participaram de capacitação de outra instituição?
Não
O ponto promove atividades regulares?
Sim
Quais atividades?
EXPOSIÇÕES CONTAÇÃO DE HISTÓRIA CURSOS DE CAPACITAÇÃO ENCENAÇÕES TEATRAIS EVENTO MUSICAIS
A entidade promove ações de Capacitação?
Sim
Quais ações de Capacitação?
PROJETO GUARDIÕES DO JARDIM; OFICINAS DE CAPACITAÇÃO EM: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL, FOTOGRAFIA,JARDINAGEM E PAISAGISMO E TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA
O ponto promove eventos abertos ao público?
Sim
Quais eventos?
EXPOSIÇÕES OFICINAS CULTURAIS EVENTOS MUSICAIS ENCENAÇÕES TEATRAIS
O ponto faz parte de alguma Rede?
Sim
Qual Rede?
COMITÊ GESTOR DO CAIS DO VALONGO
O ponto possui parcerias com poder público?
Sim
Quais parcerias com poder público?
CORDENADORIA DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL DO RIO DE JANEIRO
O ponto possui parcerias com instituições privadas?
Não
O Ponto tem participação ativa em conselhos?
Sim
Quais conselhos?
COMITÊ GESTOR DO CAIS DO VALONGO
Localização
Estado
Endereço da Sede
Rua do Escorrega,23 - Sobrado 03 - Saúde - RJ