Museu Tecnológico Ferroviário de Paranapiacaba – Museu Funicular

MUSEU TECNOLÓGICO FERROVIÁRIO DE PARANAPIACABA “MUSEU FUNICULAR” PARANAPIACABA significa “lugar de onde se vê o mar”, na língua tupi-guarani. Estava localizada no ponto dominante da estrada que ligava os caminhos do planalto e do litoral: a trilha Tupiniquins – ponto inicial do Peabiru, a grande estrada transcontinental indígena que ligava o Atlântico ao Pacífico. Esta trilha situava-se no local de menor declividade da Serra do Mar, motivo pelo qual o engenheiro Daniel M. Fox escolheu para a construção da Estrada de Ferro. Em 1856 foi concedida à recém-criada empresa britânica “SÃO PAULO RAILWAY COMPANY LTD.”, o privilégio de construção de uma estrada de ferro ligando o porto de Santos à Cidade de Jundiaí e o prazo de 90 anos para a sua exploração. Neste ano de 1856 Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, organizou em Londres uma companhia com capitais ingleses, dele próprio e uns poucos capitalistas brasileiros. A SPR contratou a firma Robert Sharp & Sons, de Londres a qual incumbiu o jovem, porém experiente engenheiro Daniel M. Fox a direção dos trabalhos, para construção da Estrada de Ferro. Com a entrada em serviço do “Primeiro Sistema Funicular” na Serra do Mar, foi inaugurada no dia 16 de fevereiro de 1867 a “São Paulo Railway Co. Ltd.”, primeira ferrovia do Estado de São Paulo. Este primeiro sistema funicular de cabos de aço, tacionava os “Serra Breques”, transpondo os 800 metros de altura entre a Raiz da Serra e Paranapiacaba, através de quatro patamares, para a troca dos cabos, que nesse sistema era realizado manualmente e possuía um desnível de 8%. Um segundo sistema funicular, muito mais elaborado e muito mais complexo, foi construído entre 1895 e 1900, inaugurado a 28 de fevereiro de 1901, que consistia num conjunto composto basicamente por uma “Máquina Fixa”, que movia uniformemente um “cabo de aço”, que deslizava sobre polias e movimentava “dois trens”, presos no cabo de aço, onde ao mesmo tempo um trem que descia, ajudava a puxar o outro trem que subia pela Serra do Mar. Chamado de “Sistema Funicular da Serra Nova” ou “Novos Planos Inclinados”, foi construído para vencer a diferença de 800 metros de altura, obedecendo um desnível de 10% entre a estação de Paranapiacaba, até as proximidades da estação de Piaçagüera. Para realizar tal façanha, foram construídas ao longo da serra, 5 patamares. Em cada um deles havia uma máquina fixa situada num abrigo subterrâneo, abaixo da linha ferroviária. Cada máquina fixa era movida pelo vapor produzido por 4 caldeiras alimentadas com carvão mineral. Toda a tecnologia dos sistemas funiculares eram britânicos. Em 1946 a SPR é encampada pela União, ocasião em que ocorre um grande incêndio na Estação da Luz e a partir de 13 de outubro de 1946, com a assinatura do Decreto-Lei n° 8969, a ferrovia passa a se chamar Estrada de Ferro Santos a Jundiaí. Em 30 de setembro de 1957, já deficitária a ferrovia passou a fazer parte da REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S/A. No qual realizava passeios entre o quinto patamar até o quarto patamar, Utilizando ainda o mesmo sistema funicular até meados dos anos 90. Apó iniciou-se o trabalho de extinsão da antiga RFFSA, no qual ficou parado até o ano de 2005. A RFFSA realizaou um contrato de concessão entre a Rede Ferroviária Federal S/A e a Associação Brasielira de Preservação Ferroviária, para ser administrada como um Museu Tecnológico Ferroviário de Paranapiacaba – (Museu Funicular). No qual é feito um trabalhao de recuperação de todo o seu acervo histórico, por se tratar de um equipamento que no qual ficou muito tempo desativado devida ao processo de extinsão da antiga RFFSA. Hoje O Museu Tecnológico Ferroviário de Paranapiacaba, está funcionando aos sábados, domingos e feriados das 10h às 16 horas e durante a semana apenas com agendamento de grupos.