Museu Municipal Domingos Battistel

O Museu Municipal Domingos Battistel foi criado pela LEI Nº 1322 de 13 de Setembro de 1978, cuja sede atual localiza-se na Av. Pres. Vargas, 497-597 - Centro, Nova Prata - RS, é uma unidade museológica administrada pela Prefeitura Municipal, vinculado à Secretaria Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer, cadastrado no Ibram sob Código: 6.38.44.2242 Nº SNIIC: ES-8042. O Museu foi idealizado por Domingos Battistel, descendente de italianos vindos da região de Fastro, Comune de Arsie – Região de Feltre, Provincia de Beluno- Itália, colono (agricultor) em um tempo em que as ferramentas e os equipamentos agrícolas eram rudimentares e demandavam o uso da força, tanto do homem quanto dos animais, em especial de bois e cavalos para o preparo da terra, plantio e colheita. Ao observar a modernização que chegava em meados dos anos 1970, trazendo inicialmente carros e tratores que revolucionariam o modo de vida nas propriedades rurais, deu-se conta que as ferramentas de seu tempo, assim como todos os demais testemunhos de como os colonos trabalhavam duro e com extremo sofrimento tendiam a desaparecer, pediu ao filho Arlindo Battistel que falasse com o padre para que fosse disponibilizada uma sala na igreja, para que tal registro chegasse às futuras gerações. Assim sucedeu-se e, durante um curto espaço de tempoa Igreja abrigou o primeiro espaço de memória formado a partir da doação de Battistel, que disponibilizou um conjunto significativo de peças, todas vinculadas aos afazeres dos colonos. Sua preocupação era de que ali estivessem representados os modos de vida de todos os colonos daquela geração. Com a troca de padre, em pouco mais de seis meses a sala precisou ser desocupada e o acervo rumou para o Estádio de Futebol da Cidade, onde ficou armazenado embaixo das arquibancadas. Como muitas peças eram de Madeira, acabaram apodrecendo devido às condições inadequadas do lugar. Somente depois dessa passagem pelo Estádio é que o acervo doado por Battistel e organizado pelo Professor Geraldo Farina, chega a atual Casa, patrimônio histórico de Nova Prata. Contudo ainda não estaria totalmente a salvo, pois nos fundos da casa havia uma fábrica de tubos de concreto e, no inverno, os operários utilizavam peças de madeira que eram acervo, para fazerem fogo para se esquentarem. A intenção de Domingos Battistel nunca foi a de que o Museu contasse a sua história, mas sim a de que todos os colonos tivessem seus modos de viver e produzir representados, enquanto testemunhas do desenvolvimento local, da chegada de novas tecnologias, já que por exemplo, sem terem dinheiro para comprar roupas plantavam o linho, o fiavam à mão e do fio faziam o tecido e com este, as suas vestes. Produziam suas ferramentas, o vinho e alimentos, enquanto parte de uma geração cujo sucesso da colheita dependia de muito trabalho braçal, engenhosidade para criar soluções e conhecimentos que passavam de geração a geração.