Nami Rede Feminista de Arte Urbana – REDE NAMI

Criada em 2010, a Rede NAMI ao longo de seus 13 anos realiza um trabalho de base, buscando realizar projetos que estimulem uma cultura de direitos através do acesso à arte, cultura, preservação e promoção do patrimônio artístico de grupos marginalizados pela sociedade, por isso, por meio de seus projetos a NAMI tem como objetivo combater o epistemicídio e o apagamento estrutural de mulheres, negros, povos originários, pessoas LGBTQIAP+ e com deficiência na história da arte e nos espaços de poder. Para democratizar o acesso à arte e aos direitos humanos e garantir a preservação e o registro de obras de artistas decoloniais, desde 2013 foi criado o Museu Vivo NAMI. Um museu a céu aberto, com um circuito de 1km de murais, localizado na favela Tavares Bastos, no Rio de Janeiro. O museu possui uma proposta decolonial da arte, subvertendo, reconstruindo e dando origem a outras formas de poder e conhecimento, fomentando principalmente a produção artística de grupos à margem da cena tradicional da arte e a promoção dos direitos humanos. Até o presente momento, o Museu já recebeu murais de mais de cem artistas do Rio de Janeiro, Brasil e exterior. Em 2018, o museu recebeu a visita da ativista Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz. A partir das pinturas no museu, são realizadas visitas mediadas gratuitas abertas ao público, videoaulas de artes e direitos humanos disponíveis no YouTube (www.youtube.com/redenami). Com base no Museu Vivo NAMI também foi produzido o documentário "Graffiti pelo Fim da Violência Doméstica". O filme conta com dez artistas que se unem à Rede NAMI na construção de um circuito de murais que introduzem e promovem uma cultura de direitos. Em 2023, o filme foi um dos finalistas do Festival 'Independent Shorts Awards' de Los Angeles, na categoria Melhor Filme Estrangeiro. Entre as diversas premiações e indicações que a NAMI recebeu estão: o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ, 2022), foi finalista do Prêmio Atitude Carioca, na categoria "Quem faz diferente" (2021), recebeu o Prêmio The WE Empower UN SDG Challenge - Vital Voices (2021), foi homenageada na 12ª Bienal de Arte da UNE (2021) e indicada para o 3º Prêmio SeLecT de Arte e Educação (2020). A Rede NAMI também promove outros projetos como o de "Graffiti pelo Fim da Violência Doméstica, que é uma campanha educativa e de comunicação com o intuito de informar sobre os tipos de violência contra a mulher e promover a Lei Maria da Penha; o InterNAMI que é um projeto de intercâmbio de ideias, onde estimulamos o contato de participantes vinculadas à NAMI com agentes e espaços culturais e oferecemos bolsas de estudo em cursos de arte contemporânea; o AfroGrafiteiras, formação em arte urbana focada na expressão e promoção da liderança de mulheres negras, oferecemos no projeto ferramentas para que mulheres racializadas possam expressar através da arte assuntos cruciais em suas vidas para a sociedade; o Fundo NAMI Marielle Franco, que foi criado para impulsionar o protagonismo de mulheres cis negras, pessoas LGBTQIAP+ e mulheres com deficiência, que buscam mudanças socioculturais e ambientais, dando passos importantes para a erradicação do machismo, da misoginia, das LGBTQIAP+fobias, do preconceito étnico-racial e social, no ano de 2023 foram doados mais de 50 kits de spray pelo Fundo NAMI Marielle Franco para professoras da rede pública de ensino; o Grupo de Acompanhamento em Arte Contemporânea, que é um projeto voltado para a potencialização de trabalhos em arte contemporânea desenvolvidos por mulheres racializadas; e o nosso mais recente projeto, o livro "Hackeando o Poder: Táticas de guerrilha para artistas do Sul global", publicado pela editora Cobogó como um manual destinado a jovens artistas que desejam ingressar no mercado da arte.