Sociedade Filarmônica Lyra Popular

A Filarmônica Lyra Popular é inseparável da história da cidade de Castro Alves, constituindo uma das identidades culturais do lugar que, além de ser conhecida como “Cidade do Poeta”, é chamada também de “Cidade da Música e da Poesia”. A Filarmônica Lyra Popular existe desde o dia 13 de maio de 1894, quando o topônimo da cidade era Curralinho. Os registros históricos indicam que a Filarmônica alternou momentos de atividade mais intensa com tempos de abandono e esquecimento. Um Diploma de sócio honorário concedido em 14 de julho de 1897 a exprimira dama do município Dona Francelina Dultra Soares, comprova que no final do século XIX a centenária Lyra Popular estava em plena atividade. Depois desta época, segundo fontes orais, em 29 de agosto de 1920 a Lira Popular participou da inauguração da torre da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Talvez, a partir deste instante tenha se iniciado a aliança entre a Lira e a Igreja Católica, registrado no livro “Informações Históricas sobre a Cidade de Castro Alves” de Aurino de Azevedo Teixeira (1990), que indica o dia 08 de dezembro de 1926 como data da refundação da Sociedade Filarmônica Lyra Popular, tendo como primeiro presidente Leopoldo Torres Cerqueira e a frente da Diretoria o inolvidável Padre João Pedreira do Couto Ferraz. Tendo como principais maestros: Antenor Bastos, Aloísio Pimenta, Professor Duca, Abel Novaes, autor de um vasto repertório contendo dobrados, marchas e arranjo; Everaldo João Moncorvo, autor do dobrado centenário (1880-1980), homenagem ao centenário de Emancipação Política da Vila de Curralinho/Castro Alves) Edson Vilas Boas (Edinho) André Luiz Rocha Santos e o atual Abimael de Oliveira Santos, autor do Dobrado Samuel Amorim dos Santos e Arranjo para bandas da Valsa “O Gondoleiro do Amor”, letra do poema de Castro Alves. Não por acaso, a refundação ocorreu no mesmo dia em que se comemora a festa de Nossa Senhora da Conceição. A partir de então, nasce à tradição da Lyra Popular se apresentar em todas as festas em homenagem a padroeira da cidade de Castro Alves. Além de apresentações nas festas de 14 de março (aniversário do poeta Castro Alves) e nos desfiles cívicos de 7 de setembro. Um ano mais tarde, em 08 de dezembro de 1927, foi inaugurado o coreto da Praça Dionísio Cerqueira, onde se realizavam as memoráveis retretas entre a Lyra e sua rival Filarmônica Bomfim. Infelizmente, não possuímos mais o belo coreto em sua arquitetura original, a nossa Lyra Popular luta bravamente para continuar proporcionando a educação musical para as novas gerações, constituindo parte da identidade social e cultural castroalvense.