Associação dos Amigos do Museu Caiçara

A missão da AAMUC é cuidar do acervo e de criação de novos projetos para o Museu Caiçara. Como histórico já realizou diversas atividades sempre envolvendo o diálogo entre o museu, a comunidade e as escolas. Entre eles o “Memórias Caiçaras” que travava de fazer registros de depoimentos dos antigos caiçaras de Ubatuba, com reprodução de fotos e gravação de vozes. Também o registro das histórias das capelas “Vamos Conhecer Nossas Capelas”. Fizemos também o projeto para a estatua de 10 metros de altura no trevo para Taubaté chamada “Monumento ao Caiçara”; indicamos e aprovamos na Câmara Municipal o Tangará-Dançador como pássaro símbolo de Ubatuba; o Raloim Caiçara com sarau de Sacisada no mês de outubro. Desde que a sede do Museu passou para o Projeto Tamar/Icmbio – Petrobrás em 1994 nos tornamos parceiros dessa instituição e ao longo desses mais de 20 anos realizamos diversas ações visando o fortalecimento da cultura caiçara de Ubatuba. Em 1994 foi transferido para uma área pública, junto as instalações do PROJETO TAMAR/ICMBIO - Petrobrás, localizado na rua pescador Antonio Athanásio da Silva, 273 – B° do Itaguá, onde permanece até hoje. Reportada às formas das antigas construções, a estrutura do Museu Caiçara é de pau-a-pique, também chamada de taipa de mão, construída pelo mestre construtor Jorge Inocêncio Alves que fez sua estrutura básica de madeira bruta lavrada à mão e fincada nos extremos. No meio das paredes um trançado de jiçara, unidos entre si pela casca de um cipó chamado imbé. O barro aplicado sobre esse trançado, previamente hidratado e amassado com os pés. O piso é de moedo - mistura de argila com cinza, em quantidades ideais que, após socado, forma o chão do nosso museu. Como um tributo à memória de Ubatuba, foram utilizados na construção do museu materiais oriundos de construções antigas: as telhas são da Fazenda Velha, as bandeiras que adornam as laterais são do antigo Hotel Felipe e as vigas e portas de canela da Casa Vigneron do bairro do Itaguá. Aí os Festivais de Viola não aconteceram mais, mas surgiu o evento chamado de Manhã Caiçara, que apresentava também eventos culturais do nosso folclore, além do almoço e comes e bebes caiçara. Nesse período, quem assumia os eventos era o Caiçara, Pintor Primitivista João Teixeira Leite, que no ano de 2001, passou os comandos ao Oftalmologista Dr, Gil Bernardes; este por motivo de se ausentar da cidade teve que deixar o Museu. Em outubro de 2002, a convite de seu fundador Luiz E. Kawall e de João Teixeira Leite, Júlio César Mendes, passou a dirigir o Museu e cuidou da sua reforma, pois contava com uma construção já precária e fez também a regularização das documentações como o estatuto, CNPJ e demais registros. Assim de Museu do Bairro, para Museu Caiçara surge em março de 2003 a Associação dos Amigos do Museu Caiçara para ser a instituição cuidadora do acervo e de criação de novos projetos. Entre eles o “Memórias Caiçaras” que travava de fazer registros de depoimentos dos antigos caiçaras de Ubatuba, com reprodução de fotos e gravação de vozes. Também o registro das histórias das capelas “Vamos Conhecer Nossas Capelas”. A obra de reconstrução da nova sede foi finalizada em 2006 depois de muitas mobilizações, trabalhos voluntários, bingos, rifas, mutirões, leilões e doações. Desde então outros projetos foram desenvolvidos nesta época como o concurso de Árvores de Natal Caiçara; de Mascaras de Carnaval; resgatamos a Malhação do Judas; fizemos o projeto para a estatua de 10 metros de altura no trevo para Taubaté chamada “Monumento ao Caiçara”; indicamos e aprovamos na Câmara Municipal o Tangará-Dançador como pássaro símbolo de Ubatuba; o Raloim Caiçara com sarau de Sacisada no mês de outubro, tudo ideia e iniciativa do Museu; Criamos nesta época também um site. Em junho de 2010 passamos a participar do projeto Amigos da Figueira para proteger as árvores do entorno do museu. Pois além da preocupação da memória da vida caiçara, trabalhamos com ações para a melhoria do modo de viver, como a defesa os territórios tradicionais, a proteção da Mata Atlântica, a casa do caiçara. Participamos de Semanas do Meio Ambiente onde promovemos o plantio de mudas. Realizamos oficinas culturais de confecção de instrumentos de percurssão ratabumbufe, boizinhos e cavalinhos alegóricos para o Boi de Conchas. Assim como também contação de histórias e danças.