Terreiro Asé Terra de Caboclo

Com o estabelecimento da Biblioteca comunitária, a comunidade do Terreiro iniciou suas ações no município e na região. As obras estão à disposição da comunidade para empréstimo e, quando solicitado, o acervo é instalado em outros lugares, como acontecerá no evento Julho das Pretas. A contação de histórias sobre a mitologia afro-indígena gerou 22 pequenos vídeos que foram difundidos pelo canal do YouTube da Biblioteca (em virtude da pandemia), sendo replicados pelo Portal do Bicentenário e na Mostra do Teatro Vila Velha. A comunidade participou e foi convidada para participar de discussões sobre a diversidade cultural nos Conselhos municipais, em universidades e em coletivos de religiões matriz africana. Ações de fortalecimento das tradições de matriz africana são reforçadas com a realização do calendário de cerimônias que envolvem a comida de santo, as músicas, a língua yorubá, e a cultura material. Para a comunidade interna são ofertadas oficinas (atabaque) e em aproximação recente com a cineasta Aída Bueno Sarduy (NYU / Universidade Complutense) realizou a exibição e debate de seu curta-documentário para estudantes do EJA e para a comunidade do terreiro; uma das mulheres do Terreiro participará do próximo filme da antropóloga que vai tratar da trajetórias de mulheres negras no período da escravidão e na contemporaneidade em Rio de Contas. A parceria com a Ordem dos Capelães Afro e Ameríndios do Brasil/ASBRAC/FACTEFERJ proporcionou o reconhecimento de saberes ancestrais de mulheres e homens da região, uma ação importante de valorização da população afrodescendente. Com a participação nas oficinas da SECULT, a comunidade está elaborando as ações para participação nos editais Paulo Gustavo e Aldir Blanc que proponham a ampliação do acervo da biblioteca, a instalação de infraestrutura para atendimento presencial, a formação de uma trupe de contação de histórias itinerante, a retomada de lives culturais e mostras culturais.