Ilê Asé Odé Ibualamo

Desde 2022, quando o terreiro foi destruído por ação da municipalidade, a comunidade do Ilê Asé Odé Ibualamo vem desenvolvendo parcerias com universidades, entidades de pesquisa, de cultura e de museologia com intuito de documentar, registrar e preservar os remanescentes materiais da casa, bem como as memórias relacionadas às décadas de existência do terreiro, suas festas, seus trabalhos de assistência à comunidade e suas redes territoriais, que incluem outras terreiros de candomblé e espaços de cultura afro- brasileira em Carapicuíba e região. Mãe Zana de Odé, Iyalorixá do terreiro, atua também como coordenadora do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Matrizes Africanas em São Paulo. Em julho de 2022, ofício redigido pelo Secretário de Cultura e Turismo do município de Carapicuíba, Edivaldo Claudino de Almeida, reconhece que a atuação da comunidade do terreiro “é de extrema importância social, cultural e comunitária, sendo um dos espaços culturais de mais destaque da cidade”. Desde sua fundação, há cerca de 30 anos, o Ilê contribuía ativamente na preservação do córrego do Cadaval, que margeava o terreno, e das matas adjacentes, cuja manutenção é central para as próprias práticas e cosmovisão dos povos tradicionais. Mãe Zana de Odé vem promovendo também esforços de mapeamento dos terreiros existentes na cidade, contribuindo para a manutenção e divulgação da cultura afro-brasileira, além de enfretamento do racismo religiosa.