Informações
Tipo de Entidade
Coletivo Cultural
Data de Criação
17/04/2017
E-mail da sede
catarinaribeiro.roraima@gmail.com
Nome do responsável pelo coletivo
Catarina de Fátima Ribeiro
Cargo do responsável
Integra a equipe de gestão
Breve história sobre o Ponto de Memória
O Estado de Roraima é constituído de 10 etnias dos povos originários, faz fronteira com a Venezuela e República Cooperativista da Guyana, especialmente nos anos 70/80 recebeu grande fluxo de emigração assim, que temos referências culturais de todo o país, sendo do norte e nordeste em maior volume, com destaque para o Maranhão. A partir de 2015, Roraima passa a receber um volume gigantesco de imigrantes da Venezuela, que impacta socialmente o Estado, já com tantas fragilidades, hoje somos “quase” um Estado bilingue, ouvimos português espanhol e portunhol em todos os lugares. Também tem uma comunidade considerável de haitianos. Um pouco da história de como chegamos à criação da Confluência As conversas entre lideranças das culturas populares tradicionais, sempre apontaram e apontam, para o imenso potencial de realização e o isolamento dos grupos/comunidades, concentrados nos seus afazeres, e repetindo as mesmas fragilidades. Para melhorar a comunicação, em fevereiro 2017 foi criado um grupo no Whats com as lideranças. Em abril iniciamos as reuniões presenciais, em cafés da manhã nos Espaços dos integrantes, dai surge o planejamento de ações conjuntas. Nesse processo, nasce o Circuito A-Gosto das Culturas Populares e Tradicionais, um contraponto do coletivo as programações oficiais, do dia do Folclore, onde não nos reconhecemos. Realizamos o Circuito A-Gosto 2017, de forma autogestionada, com a generosidade de cada Grupo. Dia 22/8 na praça Velía Coutinho em Boa Vista, e em 2/9 encerramento no Samba do Seu Zé Pilintra, no Ilê Axé Oba D’ Alaguinan. Essa foi nossa primeira ação conjunto e o divisor de águas da caminhada até aqui. Em 2023 vamos para o sétimo ano do Circuito que é muito esperado por todos. Percebemos que o fato dos eventos serem realizados nos Espaços/Comunidades dos integrantes e parceiros é um carinho e reconhecimento para aqueles que recebem o evento, o Circuito é um processo que nutre os vínculos e temos a oportunidade de confraternizar com o outro, pois em outras ocasiões apresentamos para o outro, aqui brincamos com o outro, assim são as dinâmicas e parte de nossas relações com os territórios. Como somos 15 Grupos/Comunidades e mais os parceiros pontuais, somos muitos territórios e relações diferenciadas com cada território/comunidade. O A-Gosto tem alguns eventos fixos em territórios já consagrados a exemplo do Encerramento, que já na primeira edição é no Ilê Axé Oba D' Alaguinan, que já fazia a feijoada do Mestre Zé Pilintra, mas a Yá disponibilizou para o Coletivo, que ela é integrante desde o início, para fazer o encerramento e confraternizar com a comunidade afro-religiosa e demais Mestres e Mestras e Brincantes das Populares. Mestre Zé Pilintra chega as 11hs, recepciona a todos e só vai embora quando a última pessoa se despede. O Samba do Mestre Zé Pilintra é um espaço bonito de confraternização onde um Mestre da espiritualidade é o anfitrião e recebe os demais Mestres e Mestras, e brincantes de todas as rodas. Outro Território lindamente ocupado é o Quintal de Raízes da Escola de Capoeira Raízes Brasileira no evento Café com os Mestres e Mestras. Também o Território do Àbasa N’gola NgunzuTàtá Bòkúlê com o Tambor dos Cravos roda de conversa sobre temas importantes no candomblé, e Centro de Umbanda São José de Ribamar com o Tambor de Luz. A partir de 2019 iniciamos o Encontro de Culturas o diálogo e interação com Grupos/comunidades indígenas, com povo macuxi, e 2022 na comunidade Tabalascada, Wapichana e macuxi, e 2023 está prevista na Comunidade Canauani também Wapichana. Os demais eventos são móvel, como a Festa de Rua, essa é aberta ao público. Neste ano será em Caracaraí, há 135 km da capital, o evento terá acolhida do Grupo Folclórico Cobra Mariana. Assim que depende da conjuntura do ano, como temáticas e disponibilidade das comunidades, pois é nessas premissas que planejamos o Circuito, que segue sendo autogestionado. Assim é nossa interação direta com os territórios. Já nos processos de gestão a interação é feita com os grupos que replicam nas comunidades. O Coletivo Confluência Roda de Prosa é Rede referência de Mestres e Mestras desse pedaço da Amazônia. Agrega uma diversidade de saberes e práticas, as ciências dos Mestres e Mestras, da matriz identitária de Roraima. Temos o único Mestre que detém o saber da construção de instrumentos do Bumba Meu Boi Tradicional Maranhense, mas também dialogamos com os grupos folclóricos do Boi Bumba. Com o mesmo compromisso, que buscamos no interior do Estado os Mestres e Mestras migrantes de outras regiões, que estão sozinhos com seus saberes e sem suas comunidades de brincantes, dialogamos com os imigrantes Venezuelanos, seus Tambores e suas tradições. Somos esse igarapé, em Confluência de Ciências populares da oralidade na Amazônia Roraimense, nossos grandes desafios são reunir o acervo com qualidade em local de fácil acesso, e garantir a rede de transmissão do patrimônio imaterial, que essa rede é guardiã. Por isso nos dedicamos a processos de gestão. Assim que integrar o Programa Pontos de Memória é, no nosso entendimento, uma boa estratégia para a proteção e guardiania de parte do patrimônio da cultura Amazônica e reverência aos seus detentores.
Público-alvo das ações promovidas
Pelo foco do coletivo, que é politícas de Gestão para a sustentabilidade o público prioritário direto são os grupos/comunidades integrantes. As principais atividades são nessa direção. Mas, o Coletivo também participa dos eventos dos grupos/comunidades, e no mês de agosto, realiza o Circuito A-Gosto das Culturas Populares e Tradicionais com 6 eventos em média, realizados na sede dos Grupos integrantes do coletivo e com e para suas comunidades. Assim que diretamente o coletivo atende o núcleo diretivo dos seus integrantes e indiretamente as comunidades de brincantes destes.
Endereço do site
Redes sociais
Breve descrição do Acervo
Nosso acervo é imaterial, são histórias, trajetórias de Mestres/as e dos Grupos/comunidades e imagens das atividades. Temos a fragilidade de não ter esse acervo reunido em um lugar acessível. Essa é uma meta prioritária: conseguir condições para criar e alimentar o site do Coletivo e assim concentrar todo o acervo e disponibilizar ao público.
O Ponto já realizou o Inventário Participativo?
Sim
O Ponto possui Acervo?
Sim
O Acervo já foi inventariado?
Não
O ponto possui acervos digitais?
Sim
Relação com a comunidade de referência
O coletivo Confluência Roda de Prosa é uma Rede de Grupos/Comunidades das Culturas Populares e Tradicionais na Amazônia roraimense. Quinze comunidades articuladas, todas de Base comunitária. Uma Quadrilha Junina, por exemplo trabalha durante 8 meses do ano, diretamente com 100 pessoas, é uma comunidade, o Terreiro de candomblé e Umbanda são comunidades, os Grupos de Capoeira, Bumba Meu Boi, articulados na Associação Cultural Maranhense também todos comunidades de base. Como já falamos em nossa apresentação, atuamos diretamente com os núcleos diretivo das comunidades/Grupos, e estes diretamente com suas comunidades. Nosso papel é pensar, formular, criar e executar estratégias e processos de politicas de gestão que os Grupos aplicam no seu dia a dia, em contato direto com suas comunidades. Nessas vivencias e reflexões entendemos que a memória das trajetórias, dos feitos dos grupos, as pesquisas sobre a Amazônia que as Juninas fazem para seus espetáculos são acervos maravilhosos sobre esse Brasil profundo que vivemos. As ciências dos Mestres e Mestras são ativos únicos de uma rica diversidade desse país tão pouco conhecido. Somos memórias vivas, memórias caminhantes e guardiões, especialmente do patrimônio imaterial dessa parte da Amazônia brasileira. E nosso foco em processos de gestão é justamente para reconhecer, inserir e garantir os direitos e a presença dos mestres e mestras nos processos e nas politicas de e para a Cultura. Nossa metodologia de interação com as comunidades, contempla a interação direta com seus Mestres e Mestras, seja em Roda, visitas, eventos. Esse é nosso diferencial os Mestres e Mestras e a Roda, como referência de gestão.
O ponto possui sede própria?
Não
Já foi contemplado em algum edital do IBRAM?
Não
Contemplado em outros editais públicos ou privados?
Sim
Contemplado em quais outros editais?
Edital Culturas Populares - Edição Selma do Coco - MinC - 2018, Edital Culturas Populares Edição Teixerinha 2019, com 3 Mestres do Coletivo premiados, Edital Lei Aldir Blanc diversos Mestres e Mestras contemplados, Edital - Espaços Culturais/Caldeirão Cultural da Lei Aldir Blanc no município de Boa Vista, capital de Roraima. Todos os premiados tiveram assessoria técnica do Coletivo.
Os integrantes participaram de ação do IBRAM?
Não
Participaram de capacitação de outra instituição?
Sim
Qual capacitação?
não entendi a que se refere a pergunta.
O ponto promove atividades regulares?
Sim
Quais atividades?
Por sermos um coletivo voltados para estratégias de Gestão e inserção nas politicas, temos encontros continuas de formulação e execução das estratégias, a exemplo atual das discussões na setorial de culturas populares e formulação de propostas para a Lei Paulo Gustavo, bem como a participação ativa da eleição para Conselheiro representante das Populares .. Em nível de eventos realizamos há seis anos o Circuito A-Gosto das Culturas Populares, com visitas aos espaços dos integrantes do Coletivo, o que nos fortalece e amplia nossa visão sistemica e possibilidades criativas além de fortalecer nossos vínculos afetivos e comunitários.
A entidade promove ações de Capacitação?
Sim
Quais ações de Capacitação?
sim, nossa metodologia são vivencias formativas lúdicas, com rodas, e também alguns eventos online. O Circuito A-Gosto é no nosso entendimento um processo formativo lúdico e de lazer, que todos aguardam pelo próximo A-Gosto.
O ponto promove eventos abertos ao público?
Sim
Quais eventos?
Como Coletivo sim, ao público da setorial com temáticas específicas de interesse das Populares. Mas o conjunto dos Grupos realiza seu trabalho aberto ao público.
O ponto faz parte de alguma Rede?
Sim
Qual Rede?
Rede Nacional de Pontos de Cultura e Memória Rurais, Rede Aliança pela Raíz ( coletivos Amazônicos Roraima, Pará e Amazonas) . Setorial de Culturas Populares de Roraima, Parceria com a UFGRS no projeto de extensão conexão Norte Sul.
O ponto possui parcerias com poder público?
Não
O ponto possui parcerias com instituições privadas?
Não
O Ponto tem participação ativa em conselhos?
Sim
Quais conselhos?
Conselho Estadual de Cultura. Conselheiro atual da Cadeira de Culturas Populares, e atual presidente do Conselho integra o coletivo e também a Conselheira recém eleita para período 2023/2026, também é do Coletivo. E o coletivo vêm atuando na setorial de Culturas Populares para agregar e aprimorar a percepção sobre politicas públicas e gerar maior incidência politica qualificada no segmento.