Informações
Tipo de Entidade
Coletivo Cultural
Data de Criação
18/03/2018
E-mail da sede
acervoperus@gmail.com
Nome do responsável pelo coletivo
Patricia Barbosa
Cargo do responsável
Auxiliar de gestão
Breve história sobre o Ponto de Memória
A ideia de preservação da memória e cultura Queixada, como eram chamados os trabalhadores que aderiam as greves realizadas na Fábrica de Cimento Portland Perus, principalmente, no final dos anos de 1950, nos anos de 1960 e 1970, surgiu em meados de 1974, poucos anos depois de encerrada a Greve dos 7 anos, em um documento escrito pela comissão permanente dos trabalhadores, manifestando o desejo pela preservação e transmissão de seu legado de lutas. Os Queixadas, posteriormente, quando do fechamento e desativação total da fábrica, sonhavam com sua desapropriação, tombamento como patrimônio cultural e arquitetônico e sua transformação em um Centro de Lazer e Cultura do trabalhador que, dentre muitos objetivos, detinha também, um local para preservação da história das lutas operárias. Ao longo dos anos, ou melhor, desde os anos de 1980, essa reivindicação tomou muitas formas, a mais recente foi o Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento, de 2012, coletivo que busca a desapropriação do espaço e sua destinação para a população local e para a cidade de São Paulo. Com o apoio da Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, um grupo de trabalho destacado do Movimento pela Reapropriação, o GT/Arquivo, que data de 2015, concretizou, a partir de 2019, a idealização de anos, ou seja, a construção do Centro de Memória Queixada, ao escrever projeto, o qual foi contemplado pela Lei de Fomento à Cultura da Periferia da Prefeitura da Cidade de São Paulo. Em reconhecimento à memória local, considerando o valor histórico e arquitetônico, com todo o potencial que representa para o desenvolvimento sustentável do bairro, o Centro de Memória Queixadas se propôs em estabelecer um ponto de memória e o acervo digital direcionado, inicialmente, aos trabalhadores da Fábrica de Cimento Perus, tendo como finalidade, facilitar e incentivar o conhecimento e preservação dessa memória local, construída por grupos organizados, ao longo de quase três décadas. Desde 2020, o grupo que organiza o CMQ trabalha de forma híbrida e contínua na busca por acervo documental, físico e digital que possa compor a história do Queixadas, sobretudo, mas não somente, pois é rico e importante todo o patrimônio do território que vai além da Fábrica de Cimento, tais como: a Ferrovia Perus Pirapora, a Vala Clandestina no Cemitério Dom Bosco e etc. Além disso, o CMQ também atua em iniciativas de difusão para que, cada vez mais, um número maior de pessoas do território e fora dele, tenham acesso à história de Perus.
Público-alvo das ações promovidas
O público alvo do CMQ é a comunidade local, especialmente porque o bairro possui uma população que aumenta e muda bastante; prova disso é o último censo (2010), quando Perus possuía cerca de oitenta mil habitantes, sendo que, hoje, há especulações que esse número, possivelmente, tenha dobrado. Dessa forma, sendo um bairro que recebe novos habitantes com frequência, há a necessidade de afirmar e reafirmar a história do território, sempre que possível, por meio de suas ações culturais e educativas. O CMQ tem como público alvo a população de Perus e por isso, busca trabalhar temáticas ligadas ao bairro e sua história, com objetivo de fomentar a identidade e pertencimento entre o bairro e sua população. Além disso, o CMQ entende que se faz necessário utilizar-se de diferentes formas, de diferentes linguagens para contar a história e as memórias às diversas faixas etárias, por isso, vem trabalhando na construção do Plano Museológico, ações educativas que alcancem a todos. Para além da população do bairro, o CMQ tem também pretende alcançar: 1. população residente no território Noroeste; 2. educadores do território; 3. organizações museológicas; 4. pesquisadores e 5. instituições de ensino formal e informal
Endereço do site
Redes sociais
Breve descrição do Acervo
O CMQ possui um acervo híbrido, composto por documentos e conjuntos digitais e físicos, disponibilizados pelo site da instituição. Este acervo se divide em três frentes: Coleções e Fundos, História Oral e Peruspédia, todas elas passando por etapas de pesquisa e avaliação dos documentos e conjuntos a serem adquiridos ou produzidos, uma vez que a História Oral e a Peruspédia são trabalhos de produção de fontes, realizados pela própria instituição. O escopo do acervo é, principalmente, a história circunscrita às lutas dos trabalhadores Queixadas e aqueles que construíram e constroem o território, delimitando dentro de um universo infinito de possíveis documentos, aqueles que são representativos dessa trajetória. Desta forma, o CMQ seleciona documentações de entes terceiros (públicos e privados) que sejam significativas para a construção de uma instituição de referência deste território. Em 2022, foram adquiridos 10 conjuntos documentais e produzidos 24 verbetes para a Peruspédia. Em 2023, até aqui, foram 7 conjuntos adquiridos, 7 entrevistas de história oral e 3 rodas de conversa
O Ponto já realizou o Inventário Participativo?
Não
O Ponto possui Acervo?
Sim
Acervo
Catálogos, livros e outras encadernações impressas | Documentos | Documentos escritos | Documentos Imagéticos (Fotografias, mapas, etc..) | Objetos
O Acervo já foi inventariado?
Não
O ponto possui acervos digitais?
Sim
Relação com a comunidade de referência
O CMQ, por sua definição, possui relação direta com a comunidade local; afinal, surgiu de um movimento social de Perus, oriundo de grupo de trabalho (GT -Arquivo) do Movimento pela Reapropriação da Fábrica de Cimento Perus, coletivo que atua em diversas frentes pela valorização, preservação e transformação para uso público e social da Fábrica, bem como do conjunto de Patrimônios de Perus, tanto os patrimônios materiais quanto os imateriais (considera-se, por exemplo, a forma de organização dos Queixadas, um patrimônio imaterial). Além disso, o Centro de Memória Queixadas foi estabelecido dentro da Biblioteca Pública Pe. José de Anchieta, cuja parceria foi possível dada à articulação da Instituição oficial com o Movimento Pela Reapropriação da Fábrica, com laços estabelecidos por décadas, sendo assim, há uma relação de parceria que fortalece tanto o CMQ, quanto a Biblioteca nas suas diversas atividades. Por fim, existe, atualmente, importante laço com outro coletivo local, denominado Movimento do Território de Interesse da Cultura e da Paisagem Jaraguá, Perus/Anhanguera, TICP, o qual, em cooperação com Faculdade de Geografia da USP, desde 2019, vem realizando inventário participativo, utilizando-se da metodologia do IPHAN, para, futuramente, enriquecer o CMQ com os dados coletados das referências culturais do território devidamente catalogadas nas mais diversas categorias, cuja intenção é encontrar, junto com a comunidade, maneiras possíveis de salvaguardá-las.
O ponto possui sede própria?
Não
Já foi contemplado em algum edital do IBRAM?
Não
Contemplado em outros editais públicos ou privados?
Sim
Contemplado em quais outros editais?
Lei de Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo ProAC-Plano Museológico Elas Periféricas
Os integrantes participaram de ação do IBRAM?
Não
Participaram de capacitação de outra instituição?
Sim
Qual capacitação?
Formação de formadores do uso da tecnologia social da memória
Data da capacitação
30/09/2020
O ponto promove atividades regulares?
Sim
Quais atividades?
Sim, a instituição promove atividades de manutenção da entidade, tais como, Captação, Higienização, Catalogação e digitalização de acervo, atividades de captação de recursos, escrita de projetos, gerenciamento de redes sociais e comunicação. Atividades de difusão, visitas mediadas, atendimento à pesquisadores.
A entidade promove ações de Capacitação?
Sim
Quais ações de Capacitação?
As ações de capacitação acontecem, em sua maioria, para a equipe gestora da instituição. Nesse período de construção do Plano Museológico, foram realizadas uma série de formações com temáticas relacionadas à museologia.
O ponto promove eventos abertos ao público?
Sim
Quais eventos?
Sim, a entidade promove palestras, cineclubes, rodas de conversa, exposições e visitas medidas ao CMQ, à Fábrica de Cimento e ao Território de Perus
O ponto faz parte de alguma Rede?
Sim
Qual Rede?
Movimento Pela Reapropriação da Fabrica de Cimento Perus
O ponto possui parcerias com poder público?
Sim
Quais parcerias com poder público?
O CMQ está alocado em um espaço cedido, dentro da biblioteca municipal de Perus, mas não há um acordo formalizando a parceria.
O ponto possui parcerias com instituições privadas?
Não
O Ponto tem participação ativa em conselhos?
Não