Centro de Estudos Afro-brasileiros Ironides Rodrigues

O Centro de Estudos Afro-brasileiros Ironides Rodrigues é dedicado à formação cultural e à preservação da memória do patrimônio estético negro, notadamente do jongo, da capoeira, do samba de roda, do maculelê. Além trabalho envolvendo cursos e oficinas em sua sede para formação sociocultural na arte do dançar-batucar-cantar, desenvolvemos também projetos de enfrentamento ao racismo religioso e ambiental, em destaque o Terreiro Legal: o povo de santo conhecendo e garantido seus direitos – em parceria com a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, e com o apoio do Fundo Brasil em 2015. O projeto em tela foi responsável pela criação de peças de temas vinculados às questões jurídicas relacionadas ao direitos de religião, da superação de preconceitos em relação práticas religiosas de matriz africana e de outras matrizes (cigana, muçulmana, budista). Foi também criado e mantido o facebook Terreiro Legal para ativar processos de interação e diálogo com público, servir de canal para distribuição de informações jurídicas, difundir ações de proteção e denunciar práticas de racismo religioso. Destacamos também a nossa atuação no campo da comunicação comunitária durante os dois primeiros anos da pandemia da Coronavírus, por meio de ações que visavam difundira boas práticas de prevenção e cuidados em relação à contaminação e aos agravos que atingiam grupos e famílias em situação de insegurança alimentar, principalmente os residentes em favelas da Engenhoca (Município de Niterói). Com o apoio da FASE e do FUNDO BAOBÁ, o CEABIR além de contribuir com cestas básicas, máscaras e álcool gel, criou e mobilizou ações de comunicação comunitária (produção e difusão de peças digitais e impressas de esclarecimento de sintomas, cuidados comunitários e atenção com os idosos) envolvendo terreiros, associações de moradores e coletivos de mulheres negras. Desde 2020 é Ponto de Cultura Municipal do Programa Cultura Viva da Secretaria das Culturas de Niterói, desenvolvendo ações de formação, experiências de criação de coreografias e diversas apresentações públicas das artes acima destacadas, tendo como público beneficiado jovens, adolescentes e crianças residentes em favelas do bairro da Engenhoca e da Cidade de Niterói. Recentemente realizamos os projetos O que é que o tambor come? Come Mão! e Na Gira do Jongo, respectivamente com recursos da Lei Aldir Blanc e do edital Retomada Cultural da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. O CEABIR participou de diversas apresentações públicas como as recentemente realizadas na Semana das Pretas, no Teatro Municipal de Niterói (2022); na Conferência Estadual de Saúde, no Teatro Odilo Costa da UERJ (2022); No Seminário Abolição a Contrapelo UFF (2022), auditório do Instituto de Geociências. Promoveu em 2020, o Encontro de Percursionistas com o Jongo Congola, 2021, com patrocínio do Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e da Secretaria das Culturas de Niterói. Destaca-se também em sua história o trabalho realizado com as artes do Jongo e da Capoeira em escolas públicas de Niterói, particularmente as localizadas em favelas da cidade.