Baile Pastoril Queimada da Palhinha

O Baile Pastoril Queimada da Palhinha, depois de estar em vias de desaparecimento, vem se fortalecendo desde 2002 relacionando-se com ONG’s, agentes e políticas culturais federais e estaduais que colaboram para a sua continuidade. As principais ações realizadas foram as seguintes: . Baile centenário na região metropolitana de Salvador, realiza a sua festa anualmente no Barracão de Dona Pina todo mês de janeiro, no primeiro sábado depois da Festa de Reis. . Desde 2003 estão sendo registrados depoimentos dos mais velhos, cantigas e versos, fotos e vídeos deste grupo cultural, realizadas atividades de transmissão dos saberes para as novas gerações, e recriadas as roupas rituais. . O grupo fez parte entre 2006 e 2010 da Ação Griô Nacional do Ministério da Cultura, realizando cortejos e vivências em escolas da comunidade; integrou o projeto Brasil Memória em Rede do Museu da Pessoa em 2007, com o registro da História de Vida da Mestra Pastora Dona Sartíria; realizou em 2010 ação de turismo de base comunitária para implantar através do projeto Trilha Griô do Nordeste da ONG Projeto Bagagem; foi tema da pesquisa de Mestrado de Wayra Silveira na UFBA em 2009, que na sua defesa teve as pastoras e os tocadores do grupo recebidos na UFBA como Mestres de saber oral; a pesquisa foi posteriormente apresentada na Comunidade Jurtendorf na Suíça. Realizou apresentações em eventos estaduais e nacionais; pastoras, pastorinhas e tocadores participaram do Encontro Regional da Ação Griô Nacional em Lençóis 2007, das edições da TEIA do MinC em Belo Horizonte 2007, Brasília 2008 e Fortaleza 2010. . Em 2012 participou dos cortejos nas Festas da Diversidade no Pelô, nas ruas do Pelourinho em Salvador. . Em 2015 lançou o Livro Cantigas de um Baile Pastoril - A Queimada da Palhinha, que reuniu partituras e letras de 53 cantigas e 57 versos desta celebração. . Foi contemplado com prêmios do Ministério da Cultura: o Prêmio Culturas Populares – Mestre Humberto de Maracanã do MinC em 2008; o Prêmio Culturas Populares – 100 Anos de Mazzaropi – A Cultura Popular no Cinema em 2012; e em 2018 com o Prêmio Culturas Populares - Edição Selma do Coco. . Em 2017 realizou intercâmbio Cultural no Rio de Janeiro para o Encontro de Bailes Pastoris, em parceria com o Pastoril Céu na Terra. . Em 2018 realizou o filme documentário em longa-metragem Histórias de Vida – Pastoras e Tocadores da Queimada da Palhinha, que valoriza os saberes de Mestras Pastoras e Mestres Tocadores de Simões Filho e Camaçari; e doou peças do seu figurino para uma exposição permanente do Museu Eugênio Teixeira Leal, do Pelourinho, em Salvador. . Em 2019 iniciou as atividades do Coral Queimada da Palhinha e foi atração na 9ª. Bienal Internacional do Livro de Alagoas, Maceió, 2019. . Em 2021 foi contemplado com diversos prêmios da Secult-Ba relacionados à Lei Aldir Blanc: Prêmio Fundação Pedro Calmon; Prêmio das Artes Jorge Portugal; Prêmio Emília Biancardi; Prêmio de Exibição Audiovisual. No âmbito destes prêmios realizou os seguintes projetos: - Memorial do Baile Pastoril Queimada da Palhinha, um acervo virtual com áudios, fonogramas, fotografias, textos, livros, partituras e vídeos, organizados em cinco coleções que contam a história e salvaguardam a memória desta festa centenária (Prêmio Fundação Pedro Calmon). - Exposição Fotográfica Virtual A Bênção Dona Pina, homenagem póstuma à dona da festa, a Mestra Pastora Crispina Lopes falecida em setembro de 2020, com registros fotográficos desde a sua mocidade (Prêmio Emília Biancardi). - Série Musical – Cantigas de um Baile Pastoril, três episódios em curta-metragem, Marchas, Dramas e Sambas, que valorizam o repertório musical centenário deste grupo e apresentam gravações em áudio das cantigas à capela (Prêmio das Artes Jorge Portugal). - Coral de um Baile Pastoril – Cantigas Tradicionais, gravação de 3 clipes com o registro das cantigas tradicionais Entremo, Já deu meia-noite e Queimada da Palhinha (Prêmio Emília Biancardi). - Exibições do filme documentário Histórias de Vida - Pastoras e Tocadores da Queimada da Palhinha na TV Educativa da Bahia nos dias 25/12/21 e 08/01/22 (Prêmio de Exibição Audiovisual). . Em 2022 foi premiado com o Prêmio Cultura na Palma da Mão da Secult-Ba e lançou documentário em curta-metragem Aqui se baila, Aqui se come, um registro poético e saboroso da culinária tradicional dos bailes pastoris da Bahia,. . Também em 2022 através do Prêmio Josélia Dias da Secult de Simões Filho lançou o livreto Um Baile Centenário - A Queimada da Palhinha da Comunidade de Palmares, obra que aborda a história cultural da região a partir do estudo deste Baile.