Anexos
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Espaço expositivo Espaço expositivo: Galeria de Moldagens do Museu Nacional de Belas Artes
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Espaço expositivo: Galeria de Arte Brasileira do Século XIX do Museu Nacional de Belas Artes
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Fachada Museu Nacional de Belas Artes
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Registro histórico Museu Nacional de Belas Artes
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Setorização Museu Nacional de Belas Artes
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Vista aérea Museu Nacional de Belas Artes
Metadados
Nome do Museu
Título
Museu Nacional de Belas Artes
Contexto Histórico
O edifício que hoje abriga o Museu Nacional de Belas Artes foi construído entre 1906 e 1908 para sediar a Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), criada em 1889 após a Proclamação da República. Essa nova escola veio substituir a antiga Academia Imperial das Belas Artes, que funcionou de 1826 a 1889 próxima à Praça Tiradentes. A construção do edifício ocorreu durante a Primeira República, período marcado por profundas transformações urbanísticas no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Sob a administração do prefeito Pereira Passos, a cidade passou por um grande projeto de modernização que incluiu a abertura da Avenida Central — hoje Avenida Rio Branco — que se tornou a principal artéria do centro da cidade. Foi nesse contexto que um terreno foi doado para a construção da nova sede da ENBA, próxima a outros edifícios emblemáticos da época, como a Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal. O projeto do edifício foi escolhido por meio de concurso público e desenvolvido pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de los Rios, que trouxe influências do academicismo europeu para a arquitetura da escola.
Transformações Espaciais
Originalmente construído para abrigar uma escola, o edifício passou por várias modificações ao longo do tempo para se adequar às suas diferentes funções. Na década de 1920, a área de galerias foi ampliada com a criação de um novo anel central, e em 1940, uma segunda galeria foi construída. O Museu, criado oficialmente em 1937, compartilhou o prédio com a Escola até a década de 1970, quando esta, já parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi transferida para o campus. Foi então que a recém-criada Fundação Nacional de Artes passou a ocupar parte do edifício. Somente a partir da década de 1990 o MNBA ocupou a integralidade do edifício.
Setorização
No primeiro e no quarto pavimento, concentram-se as atividades técnicas, administrativas e de manutenção. O segundo pavimento abriga as galerias de exposições temporárias, as Galerias de Moldagens, além dos espaços de acolhimento ao visitante e o auditório. No terceiro pavimento estão o Salão Nobre e as Grandes Galerias. Divididos no terceiro e quarto pavimento, estão os espaços dedicados às exposições de longa duração de arte brasileira moderna e contemporânea.
Espaços Expositivos
Aproximadamente um terço do edifício é destinado a espaços expositivos. As Grandes Galerias, iluminadas por luz natural zenital, exibem obras-primas do patrimônio artístico brasileiro, como a Batalha do Avaí, de Pedro Américo, a Batalha dos Guararapes e a Primeira Missa, de Victor Meirelles, além da obra Redenção de Cam, de Modesto Brocos. As Galerias de Moldagens, cuja configuração espacial conta com nichos laterais e claraboia central, tem como inspiração a ala Braccio Nuovo dos Museus do Vaticano, e abrigam uma coleção de obras em gesso moldadas em esculturas originais dos principais museus europeus, como a obra Vitória de Samotrácia do Museu do Louvre.
Área Construída do Conjunto
17.292,33 m²
Conjunto Arquitetônico
Composto pelo edifício, a antiga sede da Escola Nacional de Bellas Artes e áreas verdes.
Estilo Arquitetônico
Volumetria
Edifício em planta quadrada, distribuído em quatro pavimentos e formado por quatro alas que cercam um pátio central. Seu volume é encimado por duas cúpulas laterais, em menor dimensão, dois terraços, e uma cúpula central, de maior destaque. As fachadas são simétricas, com hierarquia entre os acessos e ornamentadas, com desenhos específicos para cada pavimento.
Sistema Construtivo
Estrutura composta por alvenaria autoportante em pedra e perfis metálicos, paredes internas de alvenaria de tijolo revestido com argamassa a base de cal e cimento e decoração interna em mármore, mosaicos, estuques, cristais, cerâmica francesa e estatuária.