Anexos
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Espaço expositivo Museu Histórico Nacional
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Espaço expositivo Museu Histórico Nacional
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Fachada Museu Histórico Nacional
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Registro histórico Museu Histórico Nacional
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Setorização Museu Histórico Nacional
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Vista aérea Museu Histórico Nacional
Metadados
Nome do Museu
Título
Museu Histórico Nacional
Contexto Histórico
A Fortaleza de Santiago, construída pelos portugueses em 1603 entre as praias de Piaçaba e Santa Luzia, no atual Centro Histórico do Rio de Janeiro, marca a origem do conjunto arquitetônico que hoje abriga o Museu Histórico Nacional. A região foi uma área militar, abrigando a Casa do Trem (1762) e Arsenal de Guerra (1764) até 1908, quando o Arsenal foi transferido para a Ponta do Caju. Em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, foi criado o Museu Histórico Nacional, por meio do Decreto nº 15.596, de 2 de agosto, assinado pelo então presidente Epitácio Pessoa. O museu foi inaugurado ao público em 12 de outubro do mesmo ano. A instituição fundou e abrigou o primeiro curso de Museologia no país, criado em 1932, hoje integrado à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO – e a Inspetoria de Monumentos Nacionais, criada em 1934, antecessora do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), criado em 1937.
Transformações Espaciais
Em 1922, no contexto da inauguração da Exposição Internacional, os três prédios – Fortaleza de Santiago, Casa do Trem e Arsenal de Guerra – passaram a compor um único complexo arquitetônico. O velho conjunto de edificações coloniais fora ampliado, reformado e aberto ao público, abrigando o Palácio das Grandes Indústrias e já servindo como sede do MHN, então com apenas duas galerias de exposição abertas ao público. Ao longo dos séculos XX e XXI, o Museu expandiu progressivamente sua presença em todo o complexo, promovendo a requalificação dos espaços para atender ao uso museal. Entre 2003 e 2005 foram executadas obras de restauração e modernização ampliando espaços e seus usos, além da revisão das instalações do museu. Entre 2006 e 2010 foi priorizada a conservação e adequação das galerias de exposição, viabilizando a circulação e o percurso adequados ao novo discurso museográfico.
Setorização
O conjunto principal se divide em primeiro pavimento setorizado em área expositiva, reserva técnica, recepção, auditório, loja, estacionamento e área de serviços gerais. O segundo pavimento conta com área expositiva, arquivo histórico, biblioteca e o terceiro pavimento é ocupado pelo setor administrativo e laboratório de conservação. O edifício da Casa do Trem conta com áreas destinadas a exposições e ações educativas, além da reserva técnica e biblioteca de numismática no terceiro piso.
Espaços Expositivos
O museu conta atualmente com um acervo de mais de 300 mil itens arquivísticos, bibliográficos e museológicos, armazenados em 1.600 m² de áreas técnicas dedicadas à guarda do acervo. Como parte das recentes ações de modernização, o espaço expositivo de longa duração foi ampliado, ocupando 1.681 m² no térreo e aproximadamente 2.465 m² no segundo pavimento. Além disso, o térreo abriga ainda 715 m² destinados a exposições de curta duração. A arquitetura original conserva pés direitos altos e um número vasto de aberturas. A expografia é diversa, havendo salas em que as aberturas foram vedadas por painéis expositores de forma a ampliar a área expositiva e salas onde se percebe a arquitetura original do conjunto.
Área Construída do Conjunto
14.763,00 m²
Conjunto Arquitetônico
Composto por edificações originárias do período colonial brasileiro: Fortaleza de Santiago, Casa do Trem e Arsenal de Guerra, atualmente entremeadas pelos pátios dos Canhões, da Minerva, de Santiago e Gustavo Barroso, além do jardim exterior.
Estilo Arquitetônico
Volumetria
O conjunto arquitetônico apresenta edificações em formato de “U” ou “O”, organizadas em torno de pátios centrais. Parte da fachada destaca-se pelo frontão ornamentado com cimalha, torres cônicas e óculo central, conferindo ao conjunto uma composição imponente e simétrica. Há canhões dispostos ao longo de trechos da edificação murada, reforçando sua origem militar.
Sistema Construtivo
Pisos em pedra e madeira, alvenaria em pedra, com revestimento em massa e pintura. Cobertura em telhas cerâmicas do tipo capa e canal, e em alguns pontos, telhas de louça branca com pintura azul.