Museu-Vivo das Marrecas Kariri

Na nossa comunidade sobrevivemos da pesca, agricultura e artesanato. A prática da medicina do mato, da feitura de sabão e casa de taípa. Antes da chegada do açude do Rosário de Quitaíus, Lavras da Mangabeira, Ceará, vivíamos de louça de barro, algodão e fumo. O nosso artesanato é a base de penas que as aves soltam nos “munturos”, barro e sementes de urucum, pau-brail, olho de boi, tinta de jenipapo, jurema e tecidos.Vemos o espaço do Museu como um potencializador de projetos que efetivaram essas práticas as quais fazíamos e outras que fazemos com bastante intensidade para nossa sobrevivencia. Sonhamos, a partir do Museu erguido fazer rodas de memória viva, onde os mais velhos contaram e perpassam nossas cosmovisões tanto para as crianças quanto para aliados e parentes que venha conhecer nosso lugar. Queremos fortalecer ainda mais o artesanato e toda arte que fazemos como uma narrativa da nossa memória. Ou seja, no museu terá nossos artefatos, feitos por nossos ancestrais, mas terá também a arte feito no agora e também a subjetividade a partir dos nossos encontros que serão fertilizadores.