Museus Raymundo Ottoni de Castro Maya - Chácara do Céu
Contexto Histórico
Originalmente, no terreno do Museu, havia uma casa de estilo eclético, onde a família Castro Maya residiu após seu retorno da França em 1899. Na década de 1950, a casa é demolida para construção da nova residência, de projeto do arquiteto Wladimir Alves de Souza. Em 1962, é criada a Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya, com a finalidade de promover e divulgar atividades de caráter artístico e cultural. Em 1968, pouco antes de morrer, Castro Maya doou para a Fundação a casa que habitava em Santa Teresa, incluindo mobiliário, decoração e parte das fotos de família e da prataria, recomendando às sobrinhas que transformassem também a Chácara do Céu em museu após sua morte. O Museu abriu suas portas em 1972. Com a extinção da Fundação Castro Maya, seus prédios e acervos são incorporados ao governo federal, criando-se, assim, os Museus Castro Maya.
Transformações Espaciais
O edifício permanece fiel ao projeto edificado entre 1954 e 1958. O conjunto arquitetônico, incluindo o entorno paisagístico e os acervos históricos e artísticos, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1974. Com o novo uso de museu, as áreas de serviço e a garagem passaram a ser utilizadas como setor administrativo e áreas de guarda de acervo, enquanto a parte social da casa como área expositiva. Em 2011, foi iniciada a construção do Anexo e do novo acesso ao terreno do Museu, ainda em andamento.
Setorização
A casa tem três pavimentos e é dividida entre a área social, que abriga a exposição, e a área de serviço, onde se encontram as Reservas Técnicas, Museologia, Biblioteca e Arquivo. Já a setor administrativo está localizada no prédio que anteriormente servia como dormitório para os funcionários da residência de Raymundo Ottoni.
Espaços Expositivos
O primeiro pavimento abriga a recepção e parte da coleção de arte brasileira. O segundo piso é predominantemente dedicado à arte europeia e possui dois cômodos ambientados: a Sala de Jantar e a Biblioteca. Lá também se encontra a principal sala de exposição de curta duração e o antigo Jardim de Inverno. Já o terceiro pavimento é dedicado à arte brasileira moderna, arte popular brasileira e conta também com duas salas de exposição de curta duração que foram os aposentos privados de Castro Maya. Todos os ambientes possuem fotos com os antigos usos dos cômodos e seus conceitos curatoriais atuais.
Área Construída do Conjunto
858,42 m²
Conjunto Arquitetônico
O conjunto é composto pelo edifício principal, a Garagem histórica e a Administração, além de um anexo, em construção e áreas verdes
Edificação formada por blocos retangulares de diferentes alturas. Um dos volumes é ornado por pilotis no pavimento térreo e grandes panos de vidro no pavimento superior fazendo fechamento dos vãos. O outro volume é mais alto com revestimento em pedra.
Sistema Construtivo
Pisos em pedra, madeira e cerâmica. Paredes em alvenaria de pedra e concreto. Cobertura de laje, com platibanda e telhas metálicas.
